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Amazonas

Gabriela Repolho de Andrade

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"Sofri violência obstétrica no nascimento da minha filha, em 2012. Fui proibida de ter um acompanhante, constrangida, tive uma complicação e perdi a visão do lado esquerdo durante a cesárea. Em 2013, enviei uma denúncia ao MPF pela Internet. Confesso que o fiz sem muita expectativa, pois a maioria das pessoas julgava que seria perda de tempo. E, pra minha surpresa, recebi um ofício solicitando o relato detalhado do que aconteceu, pois seria aberto um procedimento administrativo para apurar os fatos.

Em novembro do mesmo ano, fui chamada pelo Dr. Rafael Rocha, que me orientou a procurar um advogado pra dar entrada numa ação cível, pois o MPF só tratava de causas coletivas e até então a minha denúncia era um caso isolado. Eu falei sobre o movimento de humanização que atuava no país todo, que infelizmente era algo comum, mas as mulheres não denunciavam por falta de orientação. Disse que reuniria outras vítimas e quem sabe no futuro poderíamos ter uma Audiência Pública sobre o tema. Ele deu total apoio e se colocou à disposição para ajudar.

Em 2014, o MPF instaurou um inquérito para investigar as maternidades do Amazonas e mais uma vez entraram em contato. Eu já fazia parte de um grupo de mulheres ativistas e solicitamos ao MP uma Audiência Pública pra debater a nossa realidade obstétrica. A procuradora da República Bruna Menezes abraçou essa causa em parceria com o Ministério Público do Estado do Amazonas e em 2015 tivemos a 1ª Audiência sobre o tema. Várias mulheres deram o seu depoimento, o MPF se comprometeu em realizar uma Audiência por ano e desde então a luta vem ganhando visibilidade. Na audiência do ano passado, vários órgãos assinaram um Termo de Cooperação e formaram o Comitê de Combate à Violência Obstétrica.

O grupo de mulheres ativistas cresceu, formamos uma Associação, em breve também vamos assinar o termo e ampliar nossas ações de prevenção e combate aos abusos nas maternidades. Eu costumo dizer a minha filha que o nascimento dela deu início a uma revolução. Claro que eu desejaria não ter passado por tudo aquilo, mas eu consegui ressignificar a nossa história e por causa do que vivi, agora faço parte de uma rede de apoio e luta pelos direitos das mulheres desde a gestação até o pós-parto. Tenho a felicidade de ver cada vez mais pessoas se envolvendo nessa causa e esperança de que um dia todas as mulheres tenham acesso a um atendimento digno e com respeito”.

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