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São Paulo

21 de Junho de 2007 às 18h28

Operação Oeste: MPF/SP denuncia e Justiça abre processo contra 19

Procuradoria da República em Marília ofereceu três denúncias contra 19 pessoas, entre as quais seis policiais, que integravam quadrilha que praticava diversos crimes.

O juiz federal substituto Leonardo Pessorusso de Queiroz, da 3ª Vara Federal de Marília, recebeu as três primeiras denúncias oferecidas pelo Ministério Público Federal, que investiga os crimes praticados pela quadrilha formada por policiais, delegado da Polícia Civil, empresários e criminosos desmantelada pela Operação Oeste, deflagrada pela Polícia Federal e pelo MPF em 26 de abril e na qual foi decretada a prisão de 43 pessoas.

As três primeiras denúncias envolvem 19 acusados, entre os quais quatro agentes da Polícia Federal, um policial rodoviário federal e um delegado da Polícia Civil de Marília. As denúncias se referem aos crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, estelionato, advocacia administrativa (servidor público usar de informações privilegiadas e da função para ajudar criminoso), violação de sigilo profissional e grampo ilegal.

As denúncias foram elaboradas pelos procuradores da República Célio Vieira da Silva (Marília), André Libonati, Fabio Bianconcini Freitas e Fabricio Carrer (Bauru). A primeira e maior delas é contra os 14 envolvidos no “golpe do Três por Um”.

Chefiado pelo estelionatário Arineu Zocante, que se apresentava como Dr. Antonio, o grupo contava com participação e apoio de policiais. Zocante está foragido, mas responderá pelos crimes de formação de quadrilha, estelionato e corrupção ativa.

Golpe - Na época em que o golpe foi aplicado, a cotação do dólar era R$ 2,238, mas Dr. Antonio se oferecia a pagar três reais por dólar. Interessados no negócio, empresários faziam a viagem de São Paulo a Marília e se encontravam com o golpista num hotel de Marília, onde acabavam “presas” pelos policiais federais envolvidos e o dinheiro “apreendido” e dividido pela quadrilha.

Segundo a denúncia, a quadrilha contava com o apoio do delegado João Vicente Camacho Ferrario, da Delegacia de Investigações Gerais de Marília. Ferrario é acusado de formação de quadrilha, estelionato, advocacia administrativa, violação de sigilo profissional e corrupção passiva.

Além de Zocante e Ferrario, foram denunciados neste processo mais 12 pessoas: os agentes federais Emerson Luis Lopes e Henrique Pinheiro Nogueira (formação de quadrilha, estelionato e corrupção passiva); o policial rodoviário federal Ademilson Domingos de Lima (estelionato e quadrilha); o cabo da PM aposentado e empresário do ramo de segurança, Silvio Cesar Madureira (estelionato, quadrilha e corrupção ativa).

Responderão exclusivamente por estelionato e quadrilha os seguintes acusados: os advogados José Mario de Oliveira e Jesus Antonio da Silva, a secretária Elaine Cristina de Oliveira, o motorista Carlos Alberto da Silva, o aposentado Orlando Felipe Chiararia, o corretor de títulos Flávio Eduardo de Oliveira Leme de Godoy, a gerente de hotel Cristina Helena Turatti Leite e o segurança Douglas Sebastião da Silva.

Corrupção – No segundo caso denunciado, dois agentes da PF, Henrique Pinheiro Nogueira e Roland Magnese Júnior, são os responsáveis pela fiscalização de empresas de segurança nas delegacias de Marília e Presidente Prudente. Ambos são acusados de advocacia administrativa e Nogueira também foi denunciado por corrupção passiva. A denúncia aponta que eles ajudaram empresas de segurança, relaxando a fiscalização e agilizando documentos.

A terceira denúncia envolve quatro pessoas, entre elas o agente da Polícia Federal Celso Ferreira. Ele, o investigador da polícia civil aposentado Adagoberto José, o técnico em telecomunicações Mohamed Nasser Abucarma e o empresário Sidney Vito Luisi. Eles realizavam escutas clandestinas e vendiam informações sigilosas de escutas legalizadas realizadas pela PF para empresários e outros interessados.

Ferreira, Adagoberto e Abucarma são acusados de corrupção passiva, interceptação telefônica clandestina e violação de sigilo funcional. Luisi, que colaborou com as investigações, responde em liberdade pelo crime de corrupção ativa.

A investigação da Polícia Federal e do MPF que culminou na Operação Oeste foi iniciada em novembro de 2005 e descobriu a ligação de policiais federais e civis com as quadrilhas, que atuavam em vários crimes, entre os quais estelionato, corrupção, violação de sigilo e grampo ilegal. A investigação levou o MPF a pedir 43 prisões, autorizadas pela Justiça Federal de Marília, sendo cumpridas 36 dessas ordens. No momento, 29 pessoas continuam presas.


Marcelo Oliveira
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