26/02/10 - MPF vai apurar trotes violentos em Barretos
O Ministério Público Federal em Ribeirão Preto enviou ontem (25/02) ofício ao Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos (Unifeb), em São Paulo, para apurar a responsabilidade da faculdade na agressão sofrida por alunos da Unifeb no dia 22 de fevereiro, quando estudantes foram queimados por um líquido jogado por veteranos e ficaram com marcas pelo corpo. No documento enviado à universidade, foram feitos os seguintes pedidos:
a) Quais as medidas adotadas por esta instituição para apurar a autoria do ocorrido e se tais medidas já obtiveram resultados;
b) Se a instituição de ensino prestou e vem prestando assistência ao(s) estudante(s) lesionado(s);
c) Em caso afirmativo ao questionamento anterior, informar detalhadamente quais medidas assistenciais vem sendo prestadas ao(s) estudante(s);
d) Quais as medidas adotadas por esta instituição no sentido de evitar novas ações no mesmo sentido;
e) Como é realizada a segurança dos alunos no interior e no entorno dos campi, e qual o efetivo de funcionários envolvidos nessa função; e
f) Trazer ao conhecimento do Ministério Público Federal as informações e documentos que entenda pertinentes à instrução do presente procedimento investigatório.
A procuradora da República responsável pelo procedimento, Ana Cristina Tahan de Campos Netto de Souza, também enviou ofício à Delegacia Seccional de Barretos questionando se foi instaurado um procedimento investigatório para apurar o caso e quais as providências adotadas parar apurar o trote sofrido pelos estudantes.
No ofício, a procuradora também pede que a polícia envie ao Ministério Público Federal em Ribeirão Preto cópia integral dos procedimentos e documentos que a delegacia tem sobre o caso e que possam auxiliar o procedimento investigativo do MPF.
O Ministério Público Federal já vem condenado esse tipo de trote desde 2009. Em setembro daquele ano, o órgão recomendou que todas as universidades do estado de São Paulo promovessem as medidas de segurança necessárias para coibir a prática do trote violento, humilhante, vexatório ou constrangedor aos calouros.
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