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Procuradoria-Geral da República

Direitos do Cidadão
27 de Novembro de 2017 às 11h45

MPF discute evolução da dívida pública na vigência da Lei de Responsabilidade Fiscal

3ª Jornada de Dívida Pública, ocorrida em 23 e 24 de novembro, reuniu membros do MPF e especialistas do setor público e privado

Foto: Leonardo Prado/Secom/PGR

Foto: Leonardo Prado/Secom/PGR

Dívida pública, planejamento e orçamento, transparência e gestão da dívida pública no Brasil. Esses foram os temas abordados durante a 3ª Jornada da Dívida Pública, realizada no auditório do Conselho Superior do MPF, na Procuradoria-Geral da República, em Brasília em 23 e 24 de novembro. Com a temática “Evolução da dívida na vigência da Lei de Responsabilidade Fiscal”, a terceira edição do evento foi aberta pelo vice-PGR e contou com a participação de membros do MPF, de representantes da Academia (USP, Unb e FGV), do Tesouro Nacional, do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União (TCU), do MP de Contas de São Paulo, da Associação Auditoria Cidadã da Dívida e da Instituição Fiscal Independente (IFI) nos painéis.

Promovida pela Câmara de Direitos Sociais e Fiscalização de Atos Administrativos do MPF (1ªCCR), com apoio do Grupo de Trabalho Dívida Pública, a jornada visou promover um debate técnico interinstitucional sobre o tema.

Na conferência inaugural, o secretário adjunto do Tesouro Nacional, Otávio Ladeira, apontou a instabilidade fiscal como um dos principais fatores responsáveis pela instabilidade econômica vivida pelo Brasil nos últimos anos. Ao defender a aprovação da Emenda Constitucional 95 - conhecida como PEC 241, que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos -, Ladeira explicou que, até então, os gastos públicos eram construídos para serem custeados com aumento da carga tributária. No entanto, o ideal é que os gastos sejam reduzidos.

Todo nosso ajuste fiscal era feito em cima de receita. Criávamos a despesa para, em seguida, ajustar. Com a Emenda Constitucional 95 isso não será mais possível. O ajuste terá de ser feito diretamente na despesa”, defendeu Ladeira.

No painel “Visão do Controle Externo”, o auditor do TCU Leonardo Albernaz atribuiu o déficit primário à queda de receita, resultado do crescimento de renúncias tributárias nos últimos dois anos. Segundo ele, o debate sobre o endividamento deve levar em conta a perda de arrecadação causada pela concessão do benefício. “Em 2006, as renúncias tributárias representavam 2,8% do PIB, uma década depois isso representava 4,3% do PIB. Ou seja, aumento de 1,5 ponto percentual. E não há nenhuma evidência de ganhos relevantes de produtividade, emprego, geração de renda e arrecadação, apesar disso ”, argumentou Leonardo Albernaz

Para a coordenadora do GT Dívida Pública, o espaço de discussão e apresentação de alternativas proposto pela jornada vem em um momento favorável, em que o debate sobre o tema tem se tornado mais intenso e necessário: “No primeiro dia de jornada, já percebemos o crescimento da participação de uma massa crítica aqui no Ministério Público Federal. Este assunto tem se tornado cada vez mais maduro, demandando intervenções peculiares, cirúrgicas e pontuais”, destacou.

Segundo a coordenadora da Câmara, Maria Iraneide, não obstante a complexidade do tema, essas três jornadas trouxeram luzes sobre pontos críticos da dívida pública, que poderão ser tratados de modo segregado e com materialidade pelos membros do GT e colaboradores.

GT Dívida Pública - O Grupo de Trabalho Dívida Pública integra a 1ªCCR há um ano. Originariamente criado pela Câmara de Combate à Corrupção, o objetivo do GT é subsidiar procuradores na defesa do patrimônio, em razão de possíveis prejuízos ocasionados pela gestão da dívida pública brasileira.

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