Javascript desabilitado
Logo MPF nome Logo MPF

Santa Catarina

Indígenas
17 de Fevereiro de 2022 às 14h45

MPF mantém reivindicação de Casa de Passagem indígena em Florianópolis (SC)

Audiência de conciliação agendou inspeção judicial no terminal desativado que abriga os indígenas atualmente

#pratodosverem: Imagem de manifestação de indígenas em frente à Justiça Federal de Florianópolis

Ascom MPF/SC

O Ministério Público Federal (MPF) reiterou, em audiência realizada nesta quarta-feira (16) na 6ª Vara da Justiça Federal, a absoluta necessidade da construção de uma Casa de Passagem Indígena, em em Florianópolis (SC). Para o MPF, o descumprimento, pela prefeitura do município, de sucessivas decisões judiciais neste sentido, demonstram o descompromisso com a legalidade, por parte do gestor municipal.

Ficou decidido que, no dia 3 de março, Fundação Nacional do Índio (Funai), MPF, Prefeitura e Justiça Federal irão inspecionar as condições do Terminal de Integração Saco dos Limões (Tisac), onde os indígenas estão abrigados provisoriamente desde 2018, especialmente as melhorias determinadas em liminar. A próxima audiência de conciliação será em 16 de março.

Participaram da audiência representantes das comunidades indígenas, Prefeitura de Florianópolis, União, Funai e MPF. A procuradora do município informou que estaria negociando com o coordenador regional da Funai a construção de uma casa definitiva em bairro distante do centro, fato que era desconhecido pelos representantes da Fundação presentes na audiência.

O vice-prefeito, presente na audiência, não soube explicar porque a alteração de zoneamento do imóvel previsto e já ocupado pelo abrigo provisório não foi incluída pelo município no plano diretor da cidade, enviado à Câmara de Vereadores no final de 2021. Os indígenas informaram que, em audiência anterior, a prefeitura se comprometeu em garantir luz e água no local, mas instalou apenas um contêiner provisório para banho, sem luz.

Entenda o caso - Historicamente, indígenas das etnias Kaingang e Xokleng, dos três estados do Sul deslocam-se até Florianópolis no verão para vender sua produção de artesanato. Na cidade, ficam em locais improvisados. Em 2016, o MPF ajuizou ação civil pública contra a União, a Funai e o Município de Florianópolis, requerendo a construção de uma casa de passagem para esses grupos e, provisoriamente, sua alocação, já naquele verão, no desativado Tisac.

A sentença da Justiça Federal, em setembro de 2017, acatou os pedidos e ainda determinou a criação de um grupo de trabalho, a ser fiscalizado pelo MPF, para definir os critérios técnicos e tradicionais necessários à construção da Casa de Passagem.

Como resultado, foi firmado termo de compromisso no qual o município assumiu a obrigação de disponibilizar estruturas provisórias na temporada 2018/2019 no local do Tisac, e iniciar a implantação da Casa de Passagem definitiva ainda em 2019 – em terreno cedido pela União ao lado do abrigo provisório.

A prefeitura não cumpriu o compromisso e ainda permitiu que o Tisac fosse utilizado como depósito de lixo, no ano de 2020.

Para o MPF, a postura da Prefeitura de Florianópolis revela a discriminação com que são tratados os indígenas: "eles ainda permanecem no Tisac porque a Prefeitura não cumpre os compromissos assumidos. A Casa de Passagem já deveria ter sido construída em 2019".

Ação Civil Pública: 5030065-13.2016.4.04.7200

Assessoria de Comunicação Social
Ministério Público Federal em SC
Atendimento ao público: (48) 2107-6100 e 2107-2410
Atendimento à imprensa: (48) 2107-2466 e 2107-2480
E-mail: prsc-ascom@mpf.mp.br
www.mpf.mp.br/sc
Twitter: @MPF_SC

registrado em: *6CCR
Contatos
Endereço da Unidade

Rua Paschoal Apóstolo Pitsica, 4876
Edifício Luiz Elias Daux
Agronômica, Florianópolis,SC
CEP 88025-255
Estacionamento: há 5 vagas para visitantes no piso G2

Atendimento de segunda a sexta-feira, das 12h às 18h

Telefones:

(48) 2107-6100 - Gabinetes
(48) 2107-2400 - Administração

Como chegar