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Rio Grande do Norte

23 de Junho de 2015 às 0h0

Conselho Penitenciário discute com TJ implantação de audiências de custódia

Através de apresentação de Nota Técnica Conjunta, Conselho Penitenciário visa efetivar o direito do preso de ter acesso a um juiz assim que for detido

Integrantes do Copen defendem audiências e informatização

Integrantes do Copen defendem audiências e informatização

 

Na manhã desta terça (23), o Conselho Penitenciário do Rio Grande do Norte formalizou a entrega de uma Nota Técnica Conjunta ao presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte e a representantes da segurança pública estadual, com o intuito de viabilizar a implantação das audiências de custódia, para garantir o direito dos presos em ter acesso a um juiz assim que são detidos. A medida poderá evitar prisões desnecessárias e, por consequência, reduzir a superlotação do sistema penitenciário.

 

A reunião para a entrega da nota técnica ocorreu na sede do Tribunal de Justiça (TJ/RN), com participação do presidente do Tribunal, desembargador Cláudio Santos; do juiz federal Francisco Eduardo Guimarães; do juiz da execução penal, Henrique Baltazar; além do secretário estadual de Justiça e Cidadania; Edilson França; e de representantes da Secretaria de Segurança Pública.

 

A proposta parte de um esboço em forma de projeto piloto para o RN e prevê que todos os presos em flagrante da cidade de Natal sejam encaminhados a uma autoridade judicial, que possa decidir se há ou não a real necessidade da prisão preventiva. Responsável pela entrega da Nota Técnica, a presidente do Conselho Penitenciário (Copen/RN), procuradora da República Cibele Benevides Guedes da Fonseca, aponta que a audiência de custódia é também um instrumento a ser utilizado para melhorar a qualidade dos flagrantes, pois o Ministério Público tem condições de intervir imediatamente para o aperfeiçoamento do procedimento policial. Além disso, a audiência tem o potencial de facilitar a imediata apuração dos casos, evitando injustiças e até mesmo inibindo eventual violência policial.

 

Outro aspecto levantado no encontro de representantes da segurança pública estadual, foi a busca pelo efetivo cumprimento da Lei nº 12.714, em vigor desde setembro 2012 em todo o Brasil e que trata dos sistemas de dados para acompanhamento das penas, prisões cautelares e medidas de segurança. Segundo a lei, as informações relativas aos sistemas penitenciários devem ser mantidas e atualizadas em sistemas informatizados, sobretudo para o cumprimento correto de execução das penas fixadas em cada estado.

 

Segundo o secretário Edilson França, o Rio Grande do Norte ainda não possui um software próprio para informatizar esses dados, mas há informações de que a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, já possui projetos desse tipo e, sendo assim, a Sejuc irá buscar uma parceria com a UFRN para o desenvolvimento e a possível implantação desse mecanismo.

 

Os participantes apontaram que o Conselho Nacional de Justiça ainda não disponibiliza um software aos estados, para a informatização e acompanhamento dos dados relativos à execução das penas. Porém, o Paraná já desenvolveu esse sistema e o TJ se encarregou de entrar em contato com representantes da Justiça paranaense, a fim de obter informações e avaliar a possibilidade de parcerias para a implantação do programa no RN.

 

Tornozeleira - Além da proposta das audiências de custódia, e a busca pelo cumprimento da Lei nº 12.714, outro assunto tratado durante a reunião foi a possibilidade de efetiva implantação de tornozeleiras eletrônicas para os detentos do sistema penitenciário estadual. Na oportunidade, o secretário Edílson França afirmou que o estado deve receber e implantar as primeiras tornozeleiras nos próximos meses, para o monitoramento dos apenados.

 

Uma nova reunião foi agendada para dia 10 de julho, na Secretaria de Justiça e Cidadania. Na ocasião, serão levantadas as novas possibilidades para o cumprimento das medidas sugeridas mediante a apresentação da atual Nota Técnica, entregue pelo Copen.

 

 

Foto: Assessoria de Comunicação do TJ/RN

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