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São Paulo

Criminal
1 de Julho de 2022 às 13h30

A pedido do MPF, duas pessoas são condenadas a 30 anos de prisão por sequestro e morte de empresário japonês

Brasileiros participaram do crime cometido no Japão em 2001, a serviço do grupo mafioso Yakuza

#Paratodosverem: imagem mostra martelo judicial apoiado sobre base redonda, ao lado de um prato de balança de metal. Estes objetos estão dispostos sobre uma superfície de madeira clara

Foto: Wirestock/ Freepik

Dois brasileiros foram condenados a 30 anos de prisão por envolvimento no sequestro que culminou com a morte de um empresário na cidade de Nagoya, no Japão, em 2001. O crime decorreu de disputas entre integrantes do grupo mafioso japonês Yakuza. A sentença da 5ª Vara Criminal Federal de São Paulo atende a pedidos do Ministério Público Federal (MPF), que denunciou a dupla em 2017. O MPF passou a atuar no caso após um pedido de cooperação internacional das autoridades do país asiático por meio da transferência do processo ao Brasil. Os réus poderão recorrer em liberdade.

Ao todo, quatro brasileiros – dois deles até hoje não identificados – participaram do sequestro do empresário Harumi Inagaki na noite de 1º de setembro de 2001. Sob o comando de um comparsa japonês, eles atacaram a vítima na frente de sua casa, desferindo diversos golpes na tentativa de colocá-la no porta-malas de um veículo. Diante da resistência de Inagaki, o coordenador do sequestro sacou uma pistola e efetuou disparos contra ele, o que permitiu a conclusão do rapto. Os ferimentos levaram o empresário à morte rapidamente ao ser levado. A mulher dele, que presenciou a abordagem e tentou gritar por socorro, também foi baleada, mas sobreviveu.

Quatro outros japoneses também atuaram na preparação do crime. As investigações revelaram que, nos dias anteriores à ação, o grupo manteve contato intenso com os brasileiros, aliciados devido a seu porte físico e motivados pela promessa de pagamento. Com a morte da vítima, os criminosos tomaram dinheiro e objetos de valor que estavam em posse do empresário, concretaram seu corpo em um barril e o lançaram em um rio. Uma semana depois do sequestro, certos de que a mulher de Inagaki ainda não sabia do óbito, eles chegaram a enviar uma carta exigindo resgate em valor equivalente a R$ 1,5 milhão.

A condenação dos brasileiros corresponde ao crime de extorsão mediante sequestro, com resultado morte. As penas aplicadas levam em conta também agravantes como a adoção de meios cruéis, a execução do delito mediante recompensa e o emprego de dissimulação, uma vez que os sequestradores estavam disfarçados com uniformes da construção civil. Os réus retornaram ao Brasil poucos dias após o crime e chegaram a cumprir prisão preventiva aqui entre 2017 e 2020, quando a ação penal já estava em curso.

Harumi Inagaki era dono de casas noturnas em Nagoya e tinha vínculos estreitos com a Yakuza. Seu sequestro seria um ato de vingança por desavenças que teve com outro integrante do grupo mafioso na disputa pela propriedade de estabelecimentos do ramo.

O número do processo é 0014740-63.2016.4.03.6181. A tramitação pode ser consultada aqui.

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