UFS desenvolve máscaras de ventilação com recursos da campanha "Tô com a UFS"
Equipamento auxilia o tratamento de pacientes com quadro leve ou moderado de covid-19
Arte: Base Propaganda
Com recursos da campanha "Tô com a UFS", lançada pelos Ministério Público Federal (MPF), do Trabalho (MPT) e do Estado de Sergipe (MPSE) em junho de 2020, o Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Sergipe (UFS) desenvolveu o Spirandi, um sistema de ventilação não-invasiva que tem como finalidade auxiliar o tratamento de pacientes com quadro leve ou moderado de falta de ar, devido ao novo coronavírus. O equipamento foi desenvolvido pelos pesquisadores da universidade em razão da demanda por leitos de internação no pico da segunda onda da contaminação.
O equipamento, de baixo custo e fácil montagem, pode operar por meio de gases fornecidos pelas linhas de oxigênio da unidade hospitalar e por cilindros ou, ainda, conectado a um ventilador mecânico. A tecnologia é baseada nas máscaras de ambu, que permite o uso de diferentes métodos de oxigenoterapia e de ventilação não-invasiva.
O projeto foi liderado pelos professores do Grupo de Pesquisa em Instrumentação Eletrônica da UFS, Tarso Vilela Ferreira, Eduardo Oliveira Freire, Elyson Ádan Nunes Carvalho e José Gilmar Nunes de Carvalho Filho. Ao todo, 20 voluntários participam da iniciativa, dentre professores e alunos da Universidade e profissionais de saúde.
O primeiro lote com 12 máscaras foi doado para três unidades de saúde de Aracaju (SE) para auxiliar no tratamento de pacientes em leitos de enfermaria com casos leves e moderados do novo vírus respiratório. São elas: o Hospital de Urgência Governador João Alves Filho, o Hospital São José e a Unidade de Pronto Atendimento Fernando Franco.
"A máscara tem sido muito útil para os profissionais de saúde da linha de frente na assistência hospitalar, porque ela diminui o risco de intubação dos pacientes, além de auxiliar no processo pós-extubação e no desmame de oxigênio, quando a pessoa é retirada da ventilação mecânica. Os pacientes têm se adaptado bem ao uso da máscara. Ela é muito confortável," conta a fisioterapeuta do HUSE, Thaise Araújo de Jesus.
De acordo com o professor Eduardo Freire, já foi adquirido material para montagem de 60 máscaras através de doações. "Além disso, está em curso o projeto Tô com a UFS, que já está viabilizando a encomenda de material para a montagem de mais 80 máscaras de ventilação não-invasiva. Com isso, devemos produzir e distribuir em torno de 280 máscaras a médio prazo", finaliza o professor.
Como ajudar - Para contribuir com o projeto e ajudar a salvar vidas, as doações devem ser feitas através da vakinha virtual ou fazendo PIX para a chave: contato.spirandi@gmail.com.
Com informações da Ascom UFS
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