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Santa Catarina

Comunidades Tradicionais
9 de Agosto de 2022 às 13h45

Comunidade quilombola Toca Santa Cruz recebe Livroteca com obras que tratam da identidade e das lutas da população negra

Projeto do MPF em SC promoveu também evento cultural na comunidade, no último sábado (6)

Ao fundo, numa área externa, uma construção em alvenaria que faz parte da comunidade Toca Santa Cruz. Mais à frente, diversas pessoas sentadas, formando um semicírculo, acompanham a fala de uma mulher em pé. À esquerda, uma artista grafita uma geladeira, que exibe a ilustração de uma mulher sorrindo.

Fotos: Ascom - PR/SC

O projeto Livroteca - Páginas de Cidadania, do Ministério Público Federal (MPF), entregou, no último sábado (6), mais uma geladeira repleta de livros. Desta vez, quem recebeu uma Livroteca novinha foi a Comunidade Remanescente Quilombola Toca Santa Cruz, em Paulo Lopes. Além da doação dos livros, o projeto promoveu um evento cultural com poesia, roda de conversa com escritoras negras, canto e música, tocada em um orocongo, um instrumento de origem africana.

Recebendo os convidados do evento na entrada da casa onde ocorrem as aulas da educação quilombola, a representante do Movimento Negro Unificado (MNU) Lurdinha Mina disse que “a educação quilombola tem um efeito fantástico, porque foi através da educação que a comunidade começou a se autorreconhecer e a se unir”. Ela salienta que os cinco núcleos familiares que compõem a comunidade puderam entender que ali existe uma coletividade histórica, graças à educação.

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A procuradora da República e coordenadora do projeto Livroteca Daniele Escobar fez questão de destacar “o desenvolvimento e salto que a gente vê que esta comunidade está conquistando. São pequenos passos que, dia a dia, vão nos levando para um lugar melhor pra nós”. Segundo ela, “é uma rica oportunidade de aprendizado estar aqui com vocês. Poder conhecer melhor essa área do quilombo e cada um de vocês, porque assim a gente consegue contribuir e aprender ao mesmo tempo”.

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Segundo a procuradora da República Analúcia Hartmann, que atua na defesa dos direitos dos indígenas e quilombolas, “o que de melhor eu vejo é a união de vocês. É nesse sentido que a gente está sempre acompanhando e tentando respaldar judicialmente o que é demanda legítima de vocês”. De acordo com ela, “apesar de ser difícil esse processo de conseguir a retomada das terras quilombolas, sua demarcação e regularização, nós já conseguimos a publicação da Vidal Martins e uma decisão judicial sobre São Roque também. As coisas estão começando a melhorar”.

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Dando início às atividades culturais do evento, a também coordenadora do projeto Livroteca Cynthia Orengo disse que “quando a gente procurou o MNU, ficamos superfelizes ao sabermos que seria aqui na Toca. Pra nós, esta Livroteca é uma das mais importantes, por todo o contexto histórico de lutas da comunidade. A formação deste acervo foi muito bonita. Nós fomos em busca, dentro das doações, de escritores que tivessem uma identificação com o tema. Nós esperamos que vocês aproveitem muito e que a Livroteca sirva também para encorajar quem não escreve a começar a escrever”.

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A tarde seguiu com relatos das lutas de mulheres negras, com a participação das escritoras Cauane Maia, Priscila Freitas e Tatiane Santos, além de música, canto e a poesia de Preto Lauffer. Enquanto essas atividades eram realizadas, a artista visual Gugie Cavalcanti grafitou a geladeira que receberia os livros doados para a comunidade, utilizando o conceito de “live painting”. Ao tratar da obra que ela faria na geladeira, disse que “eu vou contribuir aqui, trazendo representatividade, uma pesquisa sobre aproximação, intimidade e criação de um imaginário coletivo mais diverso, com mais presença. Tô feliz demais de estar aqui”.

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