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Santa Catarina

Indígenas
28 de Abril de 2022 às 12h25

Casa do Artesão na aldeia Kondá, em Chapecó, é inaugurada após seis anos de trabalho coletivo

MPF coordenou os projetos que envolveram a construção do prédio, capacitação profissional dos indígenas, criação da Associação Kaingang, melhoria nos processos de produção e posicionamento de marca

#Pratodosverem: Imagem de uma casa de madeira,na cor laranja, ricamente decorada com motivos étnicos

Casa do Artesão. Foto: Ascom MPF/SC

Os indígenas Kaingang da Aldeia Kondá, em Chapecó (SC), inauguram nesta quinta-feira (28), a Casa do Artesão, local onde será comercializada a produção da Associação dos Artesãos Kamé e Kanhru da Reserva Kondá. É mais uma etapa na profissionalização dos indígenas, cuja produção é reconhecida em mostras e prêmios.

O projeto “Estruturação e Aperfeiçoamento do Artesanato Kaingang da Aldeia Kondá em Chapecó” foi 2º lugar na categoria “Responsabilidade Social” do IX Prêmio República de Valorização do Ministério Público Federal, em 2021.

Casa artesão kaingang interna

                                                                                           Casa do Artesão da Aldeia Kondá

Em 2020, o trabalho dos indígenas foi tema da exposição “Arte Kaingang”, promovida pela Humana Sebo e Livraria, com catálogo das peças de artesanato produzidas pelos indígenas. (Confira aqui)

O grupo participou da Mostra de Arquitetura e Design de Chapecó/Decorare, em 2019.

artesanato kaingang

                                                                                               Detalhe de artesanato Kaingang
Obra coletiva

O projeto de profissionalização e construção da Casa foi coordenado pelo Ministério Público Federal de Chapecó e envolveu Ministério Público de Santa Catarina, Ministério Público do Trabalho, Secretaria da Assistência Social, Fundação Nacional do Índio, Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, Conselho Tutelar do Município, Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da Universidade Comunitária da Região de Chapecó, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas e  Ampliza Arquitetura. 

A nota negativa foi o município de Chapecó que, mesmo cobrado por ações e projetos para os indígenas da Aldeia Kondá, nunca  implementou qualquer medida.


asociação indigena Kaingang

História

Em 1998, a Funai constituiu um grupo técnico para identificar a terra tradicional de 64 famílias de índios Kaingang que residiam em terrenos irregulares no perímetro urbano de Chapecó.

A comunidade somente garantiu sua terra quando foi construída uma usina hidrelétrica na região de Chapecó, a partir de 2002. Uma das condicionantes era que o consórcio vencedor adquirisse uma área de 1.500 ha, devendo outros 800 ha serem adquiridos pela Funai. A UHE - Foz do Chapecó cumpriu sua parte mas a Funai ainda não concluiu as aquisições, havendo ações de desapropriação ainda em curso na Justiça Federal.
 
Embora os indígenas da Aldeia Kondá tenham sido realocados nessa reserva, que fica a 14 km do centro da cidade, o município de Chapecó continuou sendo o local de comercialização do artesanato. Além disso, crianças acompanhavam seus familiares.

Em julho de 2016, o MPF instaurou Inquérito Civil para apurar a situação de vulnerabilidade e risco dessas crianças indígenas, com produção de Laudo Técnico que confirmou a situação de crianças indígenas presentes nos semáforos pedindo esmolas, expostas a todos os tipos de riscos.

Optou-se por medidas de fomento ao artesanato indígena, gerando trabalho e renda na aldeia, e resolvendo também a situação de vulnerabilidade das crianças indígenas. O modelo adotado foi inovador.

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                                                                                                Artesanato Kaingang

A partir de 2016, o trabalho conjunto envolveu dezenas de reuniões e visitas à Aldeia Kondá, solicitação de documentos e informações a entes e órgãos públicos. Foi regularizada a Associação Kaingang, com criação do estatuto e registro. Os artesãos foram cadastrados e receberam carteira profissional. Houve capacitação dos indígenas para produção e comercialização do artesanato, além de gestão da Associação Indígena.

As oficinas trabalharam a importância da manutenção e resgate cultural, aspectos relacionados a matéria-prima, inovação dos processos de confecção, otimização de recursos, tendências voltadas ao mercado consumidor e até mesmo posicionamento junto aos espaços de comercialização.

O resultado se vê nas peças.

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