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Procuradoria-Geral da República

Cooperação Internacional
16 de Novembro de 2023 às 12h45

Em cooperação internacional, MPF acompanha exumação de corpo de cidadão argentino enterrado no Brasil

Objetivo é coletar material genético para identificação de vítimas da ditadura militar na Argentina

Foto de várias mãos sobre um globo terrestre e o texto Cooperação Internacional

Arte: Comunicação/MPF

O Ministério Público Federal (MPF) acompanhou, na última segunda-feira (13), a exumação do corpo de cidadão argentino enterrado no estado do Rio Grande do Sul (RS), no Brasil. O objetivo da medida, fruto de cooperação internacional entre os dois países, é colher material genético para a identificação de familiares de Ernesto Emilio Di Cianni, vítimas da ditadura militar argentina, ocorrida entre 1976 e 1983.

O pedido de exumação partiu da Justiça argentina e, no Brasil, foi processado e acompanhado pelo MPF, por meio da Secretaria de Cooperação Internacional (SCI). Ou seja, coube ao MPF requerer a medida na Justiça brasileira e monitorar sua execução. “Foi colhida parte da arcada dentária, que será encaminhada para a Argentina, a fim de identificar possíveis descendentes e alimentar o banco genético das vítimas da ditadura militar argentina”, explicou a procuradora da República Patrícia Weber, que acompanhou a diligência junto a servidores da SCI e peritos da Política Federal.

A exumação poderá esclarecer o paradeiro de um casal argentino sequestrado em 1976, cuja mulher estava grávida e teria dado à luz em cativeiro. Até hoje, não há informações sobre o local em que foram mantidos e nem sobre o paradeiro do casal. Ernesto Emilio Di Cianni é pai da mulher e avô do bebê desaparecidos.

Banco genético – No pedido enviado ao Brasil, a Justiça argentina afirma que durante a ditadura militar no país, como parte de um plano sistemático de repressão aos opositores do regime, foi instaurada uma prática generalizada de subtração, retenção e ocultação de bebês e crianças, tornando incerta, alterando ou suprimindo suas identidades.

Em coordenação com o Banco Nacional de Dados Genéticos (BNDG) e a Comissão Nacional pelo Direito à Identidade (Conadi), o sistema de Justiça argentino move ações que têm como objetivo completar os perfis genéticos dos grupos familiares que se encontram no Arquivo Nacional de Dados Genéticos do BNDG, a fim de possibilitar a identificação das vítimas do crime de apropriação de crianças.

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