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Pará

Indígenas
30 de Março de 2022 às 11h45

MPF defende competência da Justiça Federal para resolver conflito por terras no nordeste do Pará

Assunto será discutido em reunião em Tomé-Açu nesta sexta-feira (1º)

Foto de vários indígenas com saias de palha e cocares de penas em área gramada. No canto inferior esquerdo da foto, o texto Direitos Indígenas.

Arte: Ascom/PRPA sobre foto Mídia Ninja, via Apib (CC BY-SA 2.0)

A Ouvidoria Agrária do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA) vai realizar nesta sexta-feira (1), em Tomé-Açu (PA), reunião para tentativa de conciliação em processo que tramita na Justiça Estadual e que trata de conflitos por terra entre a empresa de monocultivo de palma Brasil BioFuels (BBF) e comunidades indígenas e quilombolas do nordeste do estado.

O Ministério Público Federal (MPF) discorda que os direitos territoriais indígenas possam ser discutidos na Justiça Estadual. Segundo o MPF, esses direitos são tema de competência federal e já há ação judicial na Justiça Federal.

A Ouvidoria Agrária do TJPA, que preside a Comissão Permanente de Monitoramento, Estudo e Assessoramento das Questões Ligadas à Grilagem, também convidou para a reunião representantes do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), da Fundação Nacional do Índio (Funai), das comunidades e de demais envolvidos.

A reunião será no fórum de Tomé-Açu, a partir das 9 horas.

Direitos indígenas – O MPF acompanha o tema desde a instalação do monocultivo de dendê na região, inicialmente realizado pela empresa Biopalma, em meados dos anos 2000. A instituição aponta uma série de ilegalidades do empreendimento, como a não exigência, pelo Estado do Pará, de estudo de impacto ambiental e de estudo dos impactos aos indígenas para a instalação do projeto.

O MPF também alertou a Justiça Federal que áreas de plantio das empresas do monocultivo de palma estão sobrepostas a áreas reivindicadas pelos Tembé para a ampliação das terras indígenas. Essas áreas estão em processo de demarcação na Funai, registra o MPF.

Além disso, após comprar a Biopalma a BBF descumpriu acordos que haviam sido feitos com os indígenas, o que motivou uma série de protestos dos Tembé, relata o procurador da República do caso, Felipe de Moura Palha e Silva. Ele frisa que a tática da BBF de buscar a criminalização das comunidades não contribui para uma solução pacífica do conflito.

Ministério Público Federal no Pará
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