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Pará

Combate à Corrupção
8 de Fevereiro de 2019 às 14h15

Justiça mantém condenação de ex-prefeito de Bagre (PA) por superfaturamento na aquisição de ambulâncias

Máfia dos sanguessugas: TRF1 considerou evidente o superfaturamento, que custou mais de R$ 79 mil aos cofres públicos

Ao fundo, foto de ambulância em traços desfocados, simulando movimentação do veículo. Em primeiro plano, a inscrição: "Máfia dos Sanguessugas"

Esquema de desvio de verbas da saúde ocorreu em todo o país e foi descoberto nos anos 2000 (imagem ilustrativa pela Força Aérea dos Estados Unidos - Base de Ellsworth, em licença CC BY 2.0)

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) negou, por unanimidade, recurso apresentado pelo ex-prefeito de Bagre (PA) Pedro Corrêa Santa Maria, condenado em 2016 por improbidade administrativa na Justiça Federal no Pará. Há dez anos, o Ministério Público Federal (MPF) entrou com ação civil contra o réu, na operação que ficou conhecida como máfia das ambulâncias ou escândalo dos sanguessugas.

Em 2016, a Justiça condenou o ex-prefeito a ressarcir aos cofres públicos o valor de R$ 46.155,23 pelo superfaturamento na aquisição de unidade móvel de saúde para o município. Pedro Corrêa também teve os direitos políticos suspensos pelo prazo de oito anos e ficou proibido de contratar com o poder público, e de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios por dez anos.

De acordo com a 3ª Turma do TRF1, é evidente “o superfaturamento do preço de mercado do bem adquirido, cuja finalidade, na verdade, era beneficiar os empresários requeridos e lesar os cofres públicos, fazendo-se malversação das verbas federais repassadas pelo Ministério da Saúde para aquela Municipalidade”.

Outros dois réus citados no processo, os empresários Darci Jose Vedoin e Luis Antonio Trevisan Vedoin, também foram condenados a ressarcir o dano no valor de R$ 46.155,23 cada um.

O esquema – Com base no relatório da Controladoria-Geral da União (CGU), durante o mandato de Pedro Corrêa, o município assinou termo de convênio com o Ministério da Saúde, por meio do Fundo Nacional de Saúde, no qual ficou estabelecido o repasse de cerca de R$ 79,5 mil para aquisição de uma nova ambulância para Bagre.

Ainda segundo o relatório da CGU, a nova unidade móvel de saúde do município foi adquirida por um preço 110% maior que o valor de mercado à época do caso (R$ 29 mil).

O relatório aponta ainda impropriedades constatadas em procedimentos licitatórios, ausência de contrato administrativo celebrado entre a prefeitura e a empresa vencedora, a Planan Indústria, Comércio e Representações, ausência de documentos de pesquisa de preços e ausência das propostas das empresas concorrentes.

A máfia das ambulâncias é um dos maiores esquemas de desvio de recursos destinados à saúde já descobertos no país, com mais de dez ex-prefeitos do Pará condenados.


(Com informações da Justiça Federal do Pará)

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