Justiça Federal condena 15 pessoas no âmbito da Operação Laços de Família
Considerado chefe da organização criminosa, o subtenente da PM Silvio Molina foi condenado a 61 anos de prisão
Arte: Secom/PGR
A 3ª Vara Federal de Campo Grande condenou 15 integrantes de um grupo criminoso organizado para o tráfico internacional de drogas que atuava a partir de Mundo Novo (MS). A Justiça Federal decretou, ainda, o perdimento de uma extensa lista de bens móveis e imóveis, incluindo valores em dinheiro, veículos de luxo, joias e armamento, que estava em posse dos membros da organização criminosa.
O subtenente da Polícia Militar Silvio César Molina Azevedo, apontado como chefe do grupo e preso desde junho de 2018, foi condenado a 61 anos, 11 meses e 21 dias de prisão em regime fechado. A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) em agosto de 2018 e a sentença foi proferida em dezembro de 2021, atendendo parcialmente aos pedidos constantes na denúncia.
A denúncia teve como base fatos identificados na Operação Laços de Família, conduzida por equipe da Polícia Federal em Naviraí (MS). O município de Mundo Novo, núcleo operacional do grupo criminoso, faz fronteira com o Paraguai. Grandes carregamentos de drogas foram remetidos a diversos pontos do território nacional, em especial na região Nordeste. Foram detectados ainda atos de dissimulação de origem e de ocultação de propriedade de bens, valores e direitos.
O gosto pela ostentação foi um dos pontos que mais chamou a atenção da equipe policial. O falecido Jefferson Molina (Jeffinho), filho de Silvio Molina, circulava em veículos de luxo de marcas famosas como Ferrari, Mercedes Benz, Land Rover e Dodge Ram, além de desfrutar de um padrão de vida incompatível, que se traduzia em viagens internacionais, hotéis 5 estrelas e festas caras.
Veja abaixo a lista de condenações:
Três réus denunciados pelo MPF no bojo da referida ação penal foram absolvidos pela 3ª Vara Federal de Campo Grande: Lizandra Mara Carvalho Ricas, Wellington Moura Ferreira e Felipe Ramos de Morais. O MPF irá recorrer em relação a essas absolvições. Em relação aos réus Roseléia Teixeira Piovezan Azevedo, Jéssica Piovezan Azevedo Molina e Thyago Rodrigo de Souza, os autos foram desmembrados. E Izael Batista de Souza teve o inquérito arquivado por litispendência processual, visto que já foi indiciado e responde a processo pelos fatos narrados na denúncia perante a autoridade judiciária estadual da Comarca de Mundo Novo.
Ação penal nº 0000570-13.2017.4.03.6000
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