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Distrito Federal

Combate à Corrupção
19 de Outubro de 2020 às 10h25

Força-Tarefa Postalis deflagra Operação Combustão

Trinta mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços ligados ao empresário Mílton Lyra

#pracegover: Arte retangular com fundo preto. Em cinza, como se fossem placas de metal, está escrito OPERAÇÃO ao centro. na parte inferior, está escrito mpf ministério público federal também na cor cinza.

Arte: Secom/MPF

A Força-Tarefa Postalis, em conjunto com a Polícia Federal, deflagrou a Operação Combustão. Foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Brasília, Recife (PE) e Maceió (AL). Os policiais estiveram em endereços ligados a Mílton de Oliveira Lyra Filho e a empresas utilizadas pelo investigado para lavagem de dinheiro e ocultação de provas - entre elas a Fênix Consultoria e a Meu Storage Locação de Imóveis. Mílton já era alvo de outras investigações na FT. É apontado como líder de organização criminosa voltada a crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, tráfico de influência e lavagem de capitais. Somente nesse caso, estima-se que a Orcrim recebeu mais de R$ 87 milhões, em prejuízo do Postalis.  

A operação, deflagrada na última quinta-feira (15), foi motivada após os procuradores terem acesso a informações que revelaram a prática reiterada de abertura e encerramento de empresas ligadas a Mílton. O objetivo era ocultar e dissimular a natureza, localização e movimentação de valores ilegais recebidos pelos envolvidos. Os recursos eram movimentados de sua origem ilícita, remetidos para o exterior – utilizando para isso a Fênix, que possui off shore na Flórida – e posteriormente enviados aos beneficiários finais.

As investigações revelaram que Mílton Lyra construiu, ao longo dos anos, ampla rede de vínculos, diretos e indiretos, com pessoas jurídicas, funcionários, sócios e outros parceiros, a fim de obter vantagens por meio de crimes como aqueles contra o Sistema Financeiro Nacional e tráfico de influência. Os procuradores também apontam que a organização criminosa atua influenciando em decisões de agentes públicos. 

Apesar das medidas restritivas impostas ao investigado em outros processos nos quais Mílton já figura - tais como a impossibilidade de viajar para o exterior, ou o bloqueio de valores em contas bancárias - Mílton criou novos meios para a continuidade dos crimes, a partir do mecanismo de uso de várias pessoas jurídicas, ligadas a diferentes pessoas físicas. Além disso, o MPF tomou conhecimento de que o investigado possivelmente passou a utilizar um storage para guardar documentos que desejava ocultar das autoridades policiais. A conduta foi adotada na época da deflagração da Operação Rizoma, em 2018.

A Operação Combustão apreendeu laptops, celulares, cartões de memória, documentos e até obras de arte. A partir dessas apreensões, os procuradores esperam elucidar os novos fatos descobertos, bem como reunir provas sobre os desvios de valores. Nesse contexto, a medida também pode servir para a recuperação dos danos causados pela organização criminosa.

O nome combustão faz referência à Fênix Consultoria e ao fato de Mílton ter se reinventado para continuar praticando ilícitos, mesmo após o avanço de investigações contra ele. Segundo a mitologia grega, a Fênix entrava em processo de autocombustão quando morria, para então, renascer das suas próprias cinzas. 

A FT Postalis chegou a pedir a prisão de Mílton Lyra, mas a Justiça indeferiu o requerimento.

O caso tramita na 12ª Vara de Justiça federal, sob o número 1025824-60.2020.4.01.3400 .

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