Regularização fundiária em unidades de conservação
O MPF no Amazonas venceu o Prêmio República, pela primeira vez, em 2015, na categoria "Comunidades Tradicionais e Minorias", pela atuação em favor da regularização fundiária de seis unidades de conservação no Amazonas, habitadas tradicionalmente por comunidades extrativistas.
Como resultado das discussões mediadas pelo MPF desde dezembro de 2012, cerca de 10 mil comunitários que vivem nas reservas extrativistas Baixo Juruá, Médio Juruá, Auati-Paraná, Jutaí, Unini e Médio Purus obtiveram, em junho de 2014, a concessão de direito real de uso coletivo (CDRU), garantindo a efetiva posse dos territórios tradicionais localizados em áreas protegidas ou pertencentes ao patrimônio público.
Em outubro de 2017, três termos de CDRU foram retificados e novamente assinados em evento realizado no auditório Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (Ifam). Com o documento, as populações que vivem nas unidades de conservação, além de regularizar o uso tradicional dos recursos naturais, obtêm reconhecimento formal de sua posse e podem ter acesso a políticas públicas, especialmente aos créditos da reforma agrária e a outros programas sociais do governo.