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Alagoas

Meio Ambiente
23 de Maio de 2023 às 10h15

MPF apura potenciais danos ambientais em obra de drenagem em Rio Largo (AL)

Possível contaminação do rio Mundaú e de nascente podem levar ao desabastecimento de água; problemas no esgotamento sanitário de residencial também foram discutidos

Imagem fotográfica de grupo de pessoas ao redor de uma mesa oval.

Foto: Ascom MPF/AL

O Ministério Público Federal (MPF) promoveu uma reunião na tarde desta segunda-feira (22) com representantes das Secretarias de Meio Ambiente e de Infraestrutura do Município de Rio Largo (AL), do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA/AL), da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) e da BRK Ambiental, a fim de discutir possíveis riscos ambientais em uma obra de drenagem de águas pluviais (da chuva).

A reunião, coordenada pela procuradora da República Juliana Câmara e com a participação da procuradora da República Roberta Bomfim, contou também com a presença da deputada estadual Gabriela Gonçalves e do prefeito Gilberto Gonçalves.

O encontro ocorreu no contexto do inquérito civil nº 1.11.000.000404/2023-69, com o objetivo de obter esclarecimentos sobre a alegação de possível risco de dano ambiental à nascente localizada na Fazenda Cachoeira do Regente e ao Rio Mundaú, com potencial prejuízo ao abastecimento de água do município de Rio Largo, decorrente de problemas de drenagem no Residencial Tavares Granja.

De acordo com o Laudo Técnico Ambiental apresentado ao MPF pela empresa Itaúna Construções, "o efluente gerado pelos moradores do Residencial Tavares Granja, quando lançado na rede de coleta de águas pluviais do município de Rio Largo, terá como destino final o Rio Mundaú, através da drenagem no interior da Fazenda".

Esclarecimentos – A Secretaria Municipal de Infraestrutura afirmou que as obras da escadaria hidráulica que estão sendo realizadas são essenciais para resolver a questão da drenagem e do assoreamento da via, destacando que não se trata de captação de esgoto. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente ressaltou que as águas serão direcionadas para um ponto de depressão natural, que possui capacidade para absorver essas águas pluviais, impedindo qualquer contaminação no córrego que deságua no rio Mundaú.

O IMA reconheceu que o licenciamento é de responsabilidade municipal, mas produziu um relatório apontando a necessidade de redirecionamento da escadaria hidráulica da drenagem para preservar a nascente e o rio Mundaú. A fiscalização informou que o IMA emitiu quatro autuações, sendo por supressão de vegetação em Área de Preservação Permanente (APP) por declividade e pelo lançamento de efluentes líquidos. De acordo com o IMA, com os ajustes sugeridos no relatório, as obras podem prosseguir.

A Casal informou que, durante a inspeção da obra, havia preocupação de que houvesse uma conexão direta com a tubulação que vai até a nascente. No caso recente de contaminação, a prefeitura informou que a própria população danificou a tubulação alguns dias após a visita da Casal. Representantes da companhia afirmaram que a extensão da escadaria para a área posterior, conforme sugerido pelo IMA, e o fechamento das ligações clandestinas de esgoto são medidas suficientes para preservar a nascente.

A procuradora da República Juliana Câmara ressaltou que compreende "a importância da obra e a insustentabilidade da situação no residencial". Mas enfatizou que seu papel exige que busque "a proteção do meio ambiente e a mitigação dos impactos causados pela obra".

Residenciais – A procuradora da República Roberta Bomfim, que atua em inquérito civil (1.11.000.000828/2015-13) que investiga possíveis problemas de dimensionamento e/ou desativação do sistema de drenagem de águas pluviais e da estação de tratamento de esgoto do Residencial Tavares Granja, acompanhou a reunião, compartilhou os resultados da perícia realizada pelo MPF e destacou a importância de solucionar o caso.

A Casal esclareceu que o problema nos residenciais é mais amplo, uma vez que as construtoras instalam estações de tratamento individuais, o que causa muitos problemas para a Casal (ou BRK). A companhia enfatizou a necessidade de uma mudança total de concepção, com a implementação de um sistema coletivo de esgotamento sanitário.

Encaminhamentos – Como encaminhamentos, definiu-se que a BRK Ambiental apresentará, no prazo de 10 dias, o detalhamento do plano de investimentos para a região metropolitana. No mesmo prazo, o Município deverá fornecer uma cópia do processo administrativo de licenciamento ambiental. Além disso, o Instituto do Meio Ambiente apresentará um relatório sobre o caso, incluindo uma avaliação dos possíveis impactos no rio Mundaú.

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