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São Paulo

Fiscalização de Atos Administrativos
13 de Dezembro de 2017 às 12h30

MPF pede que Prefeitura comprove regularidade de hospital em São Sebastião (SP) antes de cessar intervenção

Hospital de Clínicas está sob gerência do município desde 2007; até agora, administração não demonstrou que problemas foram resolvidos

Imagem: Google Maps

Imagem: Google Maps

O Ministério Público Federal (MPF) recomendou que a Prefeitura de São Sebastião (SP) só encerre a intervenção no Hospital de Clínicas da cidade após demonstrar que os problemas financeiros e estruturais da unidade foram solucionados. O hospital está sob controle do poder público desde 2007, devido a graves falhas de gestão. Em janeiro deste ano, a administração municipal iniciou os diálogos para cessar a gerência e devolver o controle do centro médico à mantenedora, a Irmandade da Santa Casa Coração de Jesus.

Até o momento, a Prefeitura não apresentou documentos que comprovem a resolução da crise do HCSS, condição necessária para o fim da intervenção. O hospital acumulava dívida de aproximadamente R$ 10 milhões há dez anos. Hoje, os administradores sequer sabem o tamanho do déficit. “Vários foram os supostos motivos que ensejaram a intervenção e, em razão disso, para o seu encerramento é de rigor que haja a demonstração de que as irregularidades e deficiências que existiam não mais subsistem”, afirmaram as procuradoras da República Walquiria Imamura Picoli e Maria Rezende Capucci, autoras da recomendação.

O MPF requer que o Município contrate uma auditoria externa independente para a elaboração de relatório contábil, a fim de esclarecer qual a atual situação financeira do HCSS. Segundo as procuradoras, “a administração municipal deve prestar contas da intervenção antes de alterar a gestão, afinal, trata-se de unidade de saúde que recebe mensalmente R$ 4,5 milhões em recursos públicos”. Também foi solicitada a apresentação de um planejamento para sanar as irregularidades e deficiências pendentes, inclusive apontando a necessidade de empréstimos para saldar eventuais dívidas.

A Procuradoria pede ainda que a Prefeitura convoque inspeções a serem realizadas por auditores da Coordenadoria de Saúde, da Vigilância Sanitária e dos Conselhos Regionais de Medicina e Enfermagem no hospital, com a finalidade de constatar possíveis riscos à saúde dos usuários. Por fim, a administração municipal deverá fundamentar e enviar a motivação para o fim da intervenção no HCSS.

A recomendação é um instrumento extrajudicial de atuação do MPF. A Prefeitura tem 10 dias, após o recebimento, para manifestar se acata ou não as requisições. Caso descumpra os pedidos, fica sujeita a medidas judiciais, como o ajuizamento de uma ação civil pública.

Leia a íntegra da recomendação

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