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São Paulo

Criminal
2 de Maio de 2016 às 16h25

MPF/SP: Justiça aceita denúncia contra auditores da KPMG que atestaram contabilidade do Banco Cruzeiro do Sul

Entre 2007 e 2011, eles omitiram a falsidade de milhares de contratos de empréstimo consignado

A Justiça Federal em São Paulo instaurou ação penal contra três sócios da KPMG Auditores Independentes por participação nas fraudes que levaram à liquidação do Banco Cruzeiro do Sul, em 2012. A decisão atende a pedido do Ministério Público Federal, que denunciou Francesco Luigi Celso, Ricardo Anhesini Souza e Silbert Christo Sasdelli Junior por atestarem a regularidade de milhares de contratos fictícios de empréstimo consignado mantidos pela instituição financeira entre 2007 e 2011, o que mascarou um rombo de R$ 1,25 bilhão nas contas do banco.

Em todos os relatórios, os auditores ignoraram uma série de irregularidades que demonstravam a falsidade dos papéis. Uma delas foi a pequena quantidade de respostas a cartas enviadas a clientes solicitando a confirmação das operações de crédito. Outro exemplo são os erros identificados nos documentos avaliados, como falta de numeração, ausência de assinaturas em termos de adesão e divergência de valores. Apesar dos inúmeros indícios de fraude, a KPMG considerou lícitos os registros do banco, sem observações sobre as incongruências.

“Diante de tais vultosas irregularidades, Francesco, Ricardo e Silbert adotaram dolosamente procedimentos de auditoria insuficientes e inadequados para a detecção das graves distorções nos demonstrativos financeiros do Banco Cruzeiro do Sul e elaboraram e emitiram pareceres e relatórios sem as necessárias ressalvas nas datas-base relativas aos exercícios semestrais de 2007 a 2011”, escreveu o procurador da República Sílvio Luís Martins de Oliveira, autor da denúncia.

No período em que a KPMG auditou o balanço contábil do banco, cerca de 320 mil contratos falsos de empréstimo consignados foram criados para se forjarem ativos financeiros. Ricardo assinou as auditorias dos exercícios de 2007 e 2008 juntamente com Silbert, que foi o responsável pelos relatórios no biênio seguinte. A auditoria relativa a 2011 coube a Francesco. Ao atestarem a regularidade das contas, os três mantiveram em erro o Banco Central do Brasil e os investidores do Cruzeiro do Sul, crime pelo qual podem ser condenados a até seis anos de prisão.

Esta é a terceira denúncia oferecida contra envolvidos no escândalo do Banco Cruzeiro do Sul. As outras duas foram ajuizadas em 2012, quando o MPF pediu a condenação de ex-gestores, administradores e funcionários da instituição por formação de quadrilha, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro. Além de criar falsos empréstimos consignados, os réus cometeram diversos outros delitos, como a manipulação de ações do banco no mercado de capitais, a simulação de contratos de fornecimento de mercadorias e o desvio de recursos aplicados por correntistas em fundos de investimento.

O número da ação contra Francesco Luigi Celso, Ricardo Anhesini Souza e Silbert Christo Sasdelli Junior é 0003727-67.2016.403.6181. A tramitação pode ser consultada em http://www.jfsp.jus.br/foruns-federais/.


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