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São Paulo

13 de Outubro de 2015 às 16h40

Operação Monte Pollino: quadrilha de traficantes é condenada a mais de 83 anos de prisão

Grupo utilizava portos, sobretudo o de Santos, para remeter drogas à Europa; policiais apreenderam 1,3 tonelada do entorpecente durante investigações

A Justiça Federal condenou cinco integrantes da cúpula de uma quadrilha de tráfico de drogas que exportava cocaína para a Europa por portos brasileiros, principalmente o de Santos (SP). A sentença atende a um pedido do Ministério Público Federal no município paulista. A soma das penas passa de 83 anos de prisão. Os réus faziam parte de um amplo esquema de tráfico internacional de entorpecentes desbaratado pela Operação Monte Pollino no ano passado. Os criminosos tinham ramificações em diversos países, entre eles a Itália, onde mantinham contato com a máfia Ndrangheta, que opera na região da Calábria.

Os réus condenados formavam o núcleo principal da organização e estiveram comprovadamente envolvidos em pelo menos três dos vários episódios de tráfico. No primeiro deles, em janeiro de 2013, a quadrilha tentou enviar 44 quilos de cocaína para a Bélgica pelo porto de Munguba, na divisa entre o Amapá e o Pará. No mês seguinte, os envolvidos acondicionaram 174 quilos da droga em contêineres de um navio cargueiro que partiu de Santos também com destino a um terminal belga. Nos dois casos, policiais interceptaram a carga e evitaram que a transação fosse concluída. Em julho daquele ano, antes mesmo que o carregamento fosse exportado, os agentes encontraram outros 20 quilos do entorpecente que pertenciam ao grupo criminoso em um depósito em Vitória do Jari, no Amapá.

Um dos chefes do grupo foi condenado a 34 anos e oito meses de prisão, e o outro, a 20 anos e oito meses, além do pagamento de multas que chegam a 370 salários mínimos. Ambos eram responsáveis pela gestão operacional da quadrilha a partir do recrutamento de membros, da distribuição de incumbências e da contabilização dos lucros. As penas foram definidas com base nos crimes de tráfico transnacional de drogas e associação para o tráfico. Os outros três réus, diretamente ligados aos cabeças, faziam parte das atividades de financiamento das operações de exportação e da execução das tarefas. A cada um deles foi atribuída pena de nove anos e quatro meses de prisão. Todos já estão presos e permanecerão sob custódia durante o prazo recursal.

Esquema - A Operação Monte Pollino foi deflagrada em março de 2014, após um ano de investigações que levaram à apreensão de cerca de 1,3 tonelada de cocaína e US$ 700 mil em espécie que seriam usados para financiar as atividades ilícitas. A droga era adquirida em países vizinhos do Brasil, sobretudo o Peru. A principal forma de remessa ao exterior era por meio de contêineres. Com a ajuda de funcionários dos portos, a quadrilha descobria quais navios estavam a caminho da Europa, camuflava a cocaína em bolsas de viagem e providenciava o envio junto com as mercadorias regularmente transportadas. No destino do carregamento, outros criminosos, ligados aos compradores, apenas recolhiam as bolsas nos contêineres e concluíam a operação.

O número da ação é 0003148-30.2014.403.6104. A tramitação pode ser consultada em http://www.jfsp.jus.br/foruns-federais/


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