Blitz constata trabalho escravo em oficina de costura no Bom Retiro
Uma blitz conduzida hoje pelo Ministério Público do Trabalho, Ministério Público Federal e Polícia Federal em um prédio na rua José Paulino, no Bom Retiro, em São Paulo, constatou que nesse local dezenas de cidadãos bolivianos e paraguaios trabalhavam em diferentes oficinas de costura em condições análogas à de escravo.<br />
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Um cidadão boliviano foi preso em flagrante pelo crime de redução de trabalhadores à condição análoga de escravo e ocultação de estrangeiros em situação irregular. Em situação regular no país, o acusado identificou-se como dono de uma das oficinas e arregimentador de parte da mão-de-obra. Outros 20 estrangeiros, operários nas oficinas, foram levados à delegacia da Polícia Federal para início de processo administrativo para deportação, pois encontram-se em situação irregular no país.<br />
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No prédio, de sete andares, com 10 apartamentos por andar, mais de 80% dos imóveis eram ocupados por oficinas de costura que recebem encomendas de terceiros, contratados inclusive de grandes marcas. Em uma das oficinas foram apreendidas nas máquinas de costura peças com a marca da rede holandesa C&A.<br />
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No local, os procuradores da República, do Trabalho e policiais federais puderam constatar que os salários dificilmente ultrapassam R$ 300, para jornadas de 12 a até 14 horas diárias, que os funcionários trabalham sem registro em carteira e moram no local de trabalho em condições precárias, numa situação de total ilegalidade.<br />
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``A utilização de mão-de-obra estrangeira irregular no Brasil é mais um problema social do que penal. É preciso que o Estado brasileiro estude formas de assegurar o direito ao trabalho a essas pessoas´´, afirma o procurador da República Sergio Suiama, que acompanhou a blitz.<br />
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Marcelo Oliveira <br />
Assessoria de Comunicação <br />
Procuradoria da República em São Paulo <br />
(11) 3269-5068<br />
moliveira@prsp.mpf.gov.br <br />
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