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São Paulo

08/08/2006 - Operação Tigre prende 34 doleiros em SP, MG e GO

Policiais da Delegacia de Crimes Financeiros (Delefin) da Polícia Federal de São Paulo prenderam hoje 34 doleiros nos estados de São Paulo, Goiás e Minas Gerais. A pedido do Ministério Público Federal em São Paulo, o juiz Márcio Rached, da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, especializada em lavagem de dinheiro, expediu 78 mandados de busca e apreensão e 49 mandados de prisão temporária (válidas por cinco dias, renováveis por mais cinco).

A operação da PF e do MPF visa desarticular grupos de doleiros que atuavam nesses estados, no mercado paralelo de câmbio. Segundo o procurador Silvio Luís Martins de Oliveira, responsável pelo caso, os doleiros, de pequeno e médio portes, operavam, além do câmbio manual em papel-moeda, com transferência de valores pelo processo conhecido como dólar-cabo, na qual o dinheiro transferido para contas no exterior não sai fisicamente do país de origem.

A investigação, que se iniciou em dezembro de 2005, teve por base as ações de uma empresa de câmbio e turismo que agia sem a autorização do Banco Central, e realizava, dentre outras condutas, a remessa de valores para o exterior através dessa modalidade.

Segundo Oliveira, apesar de em geral atuarem no ``varejo´´ do mercado paralelo, alguns dos doleiros presos tiveram no passado ligações com grandes operadores, envolvidos em recentes casos de lavagem de dinheiro, como Toninho da Barcelona, condenado nas Justiças Federais de São Paulo e do Paraná por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. ``As provas coletadas na operação poderão servir à outras investigações´´, disse.

Durante as investigações, verificou-se que no mercado paralelo de câmbio, os doleiros mantém bases distintas de operação, mas mantêm constante contato entre si com o objetivo de realizar operações conjuntas, inclusive repassando clientes entre eles.

Além disso, eles diversificam as operações de câmbio, utilizando contas correntes de laranjas, de empresas de fachada e até de empresas regulares para movimentar os recursos obtidos dos clientes de forma aparentemente regular, dificultando a detecção dessas operações pelas autoridades governamentais.

Também são investigados os clientes das casas de câmbio que utilizam os serviços dos doleiros com a finalidade de encobrir eventual origem injustificável dos recursos e enviá-los ao exterior, para iniciar o processo de lavagem de dinheiro obtido ilicitamente, ou mesmo para o recebimento ou envio de valores subfaturados ou superfaturados provenientes de operações de comércio exterior.

Apurou-se ainda, que pelo menos três dos suspeitos eram ligados a Toninho da Barcelona e mesmo após a sua prisão (Operação Farol da Colina), continuaram a operar no mercado paralelo de câmbio. Um dos envolvidos no esquema desmontado hoje é Hu Zhon Ngwei, funcionário da Câmara de Comércio Brasil-China, que se aproveitava de sua posição para atuar como elo de ligação entre comerciantes e doleiros.

Segundo Oliveira, os acusados são investigados pela prática de crimes contra o sistema financeiro nacional (operação irregular de câmbio e evasão de divisas - arts. 16 e 22 da Lei 7.492/86), contra a ordem tributária (Lei 8.137/90), lavagem de dinheiro (art. 1º, § 2º, II da Lei 9613/98) e formação de quadrilha (art. 288 do Código Penal).

O procurador da República Silvio Luís Martins de Oliveira elogiou o trabalho da Polícia Federal. ``Este trabalho é um exemplo da dedicação dos agentes e delegados da Delefin de São Paulo, que lutam, há muito, contra a falta de recursos humanos e materiais e, ainda assim, conseguem resultados relevantes. Há ainda muito trabalho a ser feito. O Ministério da Justiça e a Diretoria da PF em Brasília precisam abandonar o discurso e dedicar, de fato, mais atenção a essa área do Departamento de Polícia Federal nesta cidade, coração financeiro do País´´, afirmou.

Marcelo Oliveira*
Assessoria de Comunicação
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* Com informações do site da Polícia Federal: www.dpf.gov.br

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