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São Paulo

07/10/2005 - Cerimônia marca entrega dos restos mortais de Flávio Molina

A família de Flávio Carvalho Molina, militante do Movimento de Libertação Popular (Molipo), preso, torturado e morto pela ditadura militar em novembro de 1971, nos porões do Doi-Codi, em São Paulo, finalmente vai poder enterrar o seu filho. Cerimônia no auditório da Procuradoria da República em São Paulo, no dia 10 de outubro (segunda-feira), às 10h30, marcará a entrega de uma urna com os restos mortais de Molina aos familiares. Em seguida, a urna será transladada ao Rio de Janeiro, onde ocorrerá o sepultamento.<br />
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O evento será também um ato contra a tortura. Várias autoridades dos governos federal, estadual e municipal, do Ministério Público, dos poderes legislativos municipal, estadual e federal e familiares de mortos e desaparecidos políticos foram convidados. Estará presente o irmão da vítima, Gilberto Molina.<br />
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Os restos mortais de Molina, foram identificados por meio de exame de DNA após 15 anos de tentativas frustadas. O resultado do exame, realizado pelo laboratório Genomic, foi revelado no último dia 2 de setembro.<br />
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Flávio foi morto às vésperas de completar 24 anos de idade. Durante dois anos viveu longe da família, tendo passado boa parte deste tempo em Cuba. Militante do Movimento de Libertação Popular (Molipo), deixou os estudos e a casa de seus pais em 1969 por causa da perseguição política. Flávio já havia sido preso uma vez e temia que isto acontecesse novamente, ou que seus pais pudessem ser prejudicados.<br />
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De volta ao Brasil, em 1971, Flávio foi preso no Doi-Codi/SP, onde foi torturado e morto. Os repressores enterraram o corpo propositalmente com o nome falso de Álvaro Lopes Peralta, no cemitério Dom Bosco, em Perus. Posteriormente, seu corpo foi exumado e transferido para uma vala comum junto com os restos mortais de outros presos políticos, enterrados como indigentes.<br />
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Em 4 setembro de 1990, a vala foi aberta e foram exumadas 1049 ossadas, entre elas a que hoje sabe-se que é a de Molina. <br />
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Durante 15 anos a família de Flávio buscou confirmar através de exames de DNA a compatibilidade dos restos encontrados. Exames antropológicos realizados pela Unicamp e pelo IML indicavam 75% de probabilidade, através da comparação da estrutura e tamanho dos ossos encontrados. Oito exames de DNA foram feitos, mas devido ao estado de conservação precário do material nenhum deles obteve sucesso na extração de uma sequência de genes confiável para garantir a identificação.<br />
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No dia 10 de agosto, uma nova colheita de material foi feita, desta vez com o acompanhamento do Ministério Público Federal, da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos da Secretaria Nacional de Direitos Humanos e do Laboratório Genomic, responsável pela identificação. O resultado foi entregue hoje ao irmão de Flávio Molina, Gilberto Carvalho Molina: as ossadas realmente são de seu irmão, com 99,99% de precisão garantida.<br />
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O MPF acompanha o caso desde 1999, quando instaurou procedimento administrativo para apurar os motivos que levaram à não-conclusão do exame de DNA necessário à identificação de Flávio Molina. Em virtude da investigação, o Estado transferiu a guarda dos ossos da vítima da Unicamp para o Instituto Médico Legal em São Paulo. Desde então, novas tentativas foram feitas até o exame positivo, em setembro.<br />
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Serviço:<br />
Cerimônia de Entrega dos Restos Mortais de Flávio Carvalho Molina<br />
Local: Auditório da Procuradoria da República em São Paulo<br />
Endereço: rua Peixoto Gomide, 768, Cerqueira César, São Paulo ? SP<br />
Dia: 10/10/2005 (segunda-feira)<br />
Horário: 10h30<br />
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NOTA: EMISSORAS DE TV, FAVOR CONFIRMAR PRESENÇA NO ATO HOJE ATÉ AS 19H30, OU NA SEGUNDA-FEIRA ATÉ AS 10H.<br />
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Marcelo Oliveira <br />
Assessoria de Comunicação <br />
Procuradoria da República em São Paulo <br />
(11) 3269-5068 <br />
moliveira@prsp.mpf.gov.br<br />
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