Notas frias levam a prisão de empresários do setor de bebidas em Sorocaba
Os representantes legais da empresa Rosa S/A Indústria e Comércio de Produtos Agrícolas, empresa do setor de bebidas alcoólicas, com sede na cidade de Boituva (117 km a oeste de São Paulo), foram denunciados pela Procuradoria da República no Município de Sorocaba à Justiça Federal pela prática de delitos contra a ordem tributária, nos anos de 1998 e 1999, onde a Receita Federal apurou um crédito tributário de aproximadamente 50 milhões de reais, em valores atualizados.<br />
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Os cinco representantes legais da empresa foram acusados pelo MPF e tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça por terem, nos exercícios de 1999 e 2000, usado notas fiscais frias para escriturar em sua contabilidade despesas que não foram efetuadas de fato. O MPF e a Receita constataram que as mercadorias “compradas” não saíram dos estabelecimentos emitentes. <br />
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Segundo a denúncia do MPF, os acusados constituíram empresas laranjas, uma delas com sede em São Paulo, que utilizavam notas fiscais frias e outras pessoas físicas para, dessa forma, sonegar impostos.<br />
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Um dos representantes legais da empresa na época dos fatos, Colomi Rosa, foi preso na última sexta-feira pela Polícia Federal em Sorocaba.<br />
O segundo acusado detido, José Temístocles Guerreiro, foi preso em Santos. Ele não era sócio da Rosa S/A, mas constituiu empresa para fornecer as notas frias à fábrica de bebidas. Os demais réus continuam foragidos, a PF realizou buscas que, até agora, resultaram infrutíferas.<br />
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Pelo crime, os réus podem ser condenados a penas de 2 a 5 anos de prisão. Os empresários recorreram à Justiça Federal de Sorocaba, onde pediram a revogação das preventivas decretadas, mas o recurso foi indeferido.<br />
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Procuradoria da República no Estado de S. Paulo<br />
Assessoria de Comunicação<br />
Marcelo Oliveira<br />
11-3269-5068<br />
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