25/03/09 - Carga Pesada: MPF-Guarulhos oferece três novas denúncias
Dos três novos casos, dois envolvem quadrilhas de traficantes e um envolve furto de bebidas em aeronaves
O Ministério Público Federal em Guarulhos ofereceu três novas denúncias contra 25 pessoas envolvidas com organizações criminosas especializadas no tráfico internacional de drogas e com furtos de bebidas em aeronaves descobertas na denominada Operação Carga Pesada. Com os três novos casos, o MPF já denunciou 45 pessoas.
Contando com o apoio de funcionários do aeroporto, essas quadrilhas de traficantes enviavam cocaína para a África do Sul e para a Europa sem que as malas usadas no transporte passassem pelos controles aduaneiros.
Duas das novas denúncias são contra as chamadas células B e C que, na prática, são duas outras quadrilhas de traficantes, que mantinham em comum entre si quatro integrantes de uma empresa de segurança.
As células B e C atuavam de maneira parecida. Para embarcar a droga para o exterior, utilizavam-se de funcionários de uma empresa terceirizada de segurança do Aeroporto Internacional de Guarulhos para fazer o transporte ilegal da droga para a área restrita do aeroporto, sem passar pela fiscalização da alfândega. As quadrilhas também obtinham etiquetas de bagagem de forma ilegal, para dar aparência lícita às malas.
Cada etiqueta custava R$ 2,5 mil para os remetentes da droga, mesmo preço cobrado a cada mala com droga colocada nos compartimentos de bagagem de voos internacionais.
Segundo investigações da Polícia Federal e do MPF, quando a droga chegava no país de destino, a ``mula´´, pessoa contratada pelas quadrilhas para levar o entorpecente, consumava o crime de tráfico internacional de drogas, retirando a mala com cocaína no aeroporto de destino, de forma incólume.
De acordo com denúncia do MPF, utilizando este modus operandi, a célula B remeteu, pelo menos, ilegalmente 45 Kg de cocaína para o exterior, enquanto a célula B exportou, no mínimo, 16 Kg da droga.
Alguns integrantes de uma das quadrilhas responderão pelo crime de porte ilegal de arma, pois a PF apreendeu com membros do grupo uma metralhadora (arma de uso restrito das forças armadas), revólver, pistola e munições.
FURTO FEDERAL - Além das denúncias por tráfico internacional de drogas, o MPF denunciou um vigilante e o funcionário de uma empresa que abastecia voos internacionais pela prática de furtos de bebidas em aeronaves. Durante o mês de agosto de 2008, no curso das investigações, foram detectadas cinco oportunidades nas quais a dupla furtou bebidas nos aviões.
No dia 10 de março, quando a operação foi deflagrada, a PF apreendeu, no comércio clandestino mantido pelo vigilante em sua casa, 155 garrafas e outras bebidas de diversas marcas, todas produto de furto no interior de aeronaves no aeroporto de Guarulhos, o que rendeu ao referido vigilante mais uma acusação, pelo crime de receptação.
O MPF denunciou ambos os crimes, pois a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal aponta que crimes ocorridos em aeronaves e navios são de competência federal, esteja a nave em voo ou em solo. A receptação foi denunciada na esfera federal também, pois é um crime que ocorreu em consequência dos furtos.
QUATRO DENÚNCIAS - O MPF em Guarulhos já havia denunciado, em 19 março deste ano, 20 pessoas por tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico por tentar enviar cocaína para Europa e Africa do Sul por meio do Aeroporto de Guarulhos. Entre os denunciados estão nigerianos e brasileiros, entre os quais policiais civis, funcionários públicos federais e empregados do Aeroporto Internacional de Guarulhos.
Investigações mostraram que, por quatro vezes, entre 2006 e 2009, o grupo tentou enviar mais de 250 Kg da droga para a Africa do Sul e para a Europa.
Assessoria de Comunicação
Procuradoria da República no Estado de S. Paulo
Mais informações à imprensa: Bruno Zani e Marcelo Oliveira
11-3269-5068
ascom@prsp.mpf.gov.br
O Ministério Público Federal em Guarulhos ofereceu três novas denúncias contra 25 pessoas envolvidas com organizações criminosas especializadas no tráfico internacional de drogas e com furtos de bebidas em aeronaves descobertas na denominada Operação Carga Pesada. Com os três novos casos, o MPF já denunciou 45 pessoas.
Contando com o apoio de funcionários do aeroporto, essas quadrilhas de traficantes enviavam cocaína para a África do Sul e para a Europa sem que as malas usadas no transporte passassem pelos controles aduaneiros.
Duas das novas denúncias são contra as chamadas células B e C que, na prática, são duas outras quadrilhas de traficantes, que mantinham em comum entre si quatro integrantes de uma empresa de segurança.
As células B e C atuavam de maneira parecida. Para embarcar a droga para o exterior, utilizavam-se de funcionários de uma empresa terceirizada de segurança do Aeroporto Internacional de Guarulhos para fazer o transporte ilegal da droga para a área restrita do aeroporto, sem passar pela fiscalização da alfândega. As quadrilhas também obtinham etiquetas de bagagem de forma ilegal, para dar aparência lícita às malas.
Cada etiqueta custava R$ 2,5 mil para os remetentes da droga, mesmo preço cobrado a cada mala com droga colocada nos compartimentos de bagagem de voos internacionais.
Segundo investigações da Polícia Federal e do MPF, quando a droga chegava no país de destino, a ``mula´´, pessoa contratada pelas quadrilhas para levar o entorpecente, consumava o crime de tráfico internacional de drogas, retirando a mala com cocaína no aeroporto de destino, de forma incólume.
De acordo com denúncia do MPF, utilizando este modus operandi, a célula B remeteu, pelo menos, ilegalmente 45 Kg de cocaína para o exterior, enquanto a célula B exportou, no mínimo, 16 Kg da droga.
Alguns integrantes de uma das quadrilhas responderão pelo crime de porte ilegal de arma, pois a PF apreendeu com membros do grupo uma metralhadora (arma de uso restrito das forças armadas), revólver, pistola e munições.
FURTO FEDERAL - Além das denúncias por tráfico internacional de drogas, o MPF denunciou um vigilante e o funcionário de uma empresa que abastecia voos internacionais pela prática de furtos de bebidas em aeronaves. Durante o mês de agosto de 2008, no curso das investigações, foram detectadas cinco oportunidades nas quais a dupla furtou bebidas nos aviões.
No dia 10 de março, quando a operação foi deflagrada, a PF apreendeu, no comércio clandestino mantido pelo vigilante em sua casa, 155 garrafas e outras bebidas de diversas marcas, todas produto de furto no interior de aeronaves no aeroporto de Guarulhos, o que rendeu ao referido vigilante mais uma acusação, pelo crime de receptação.
O MPF denunciou ambos os crimes, pois a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal aponta que crimes ocorridos em aeronaves e navios são de competência federal, esteja a nave em voo ou em solo. A receptação foi denunciada na esfera federal também, pois é um crime que ocorreu em consequência dos furtos.
QUATRO DENÚNCIAS - O MPF em Guarulhos já havia denunciado, em 19 março deste ano, 20 pessoas por tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico por tentar enviar cocaína para Europa e Africa do Sul por meio do Aeroporto de Guarulhos. Entre os denunciados estão nigerianos e brasileiros, entre os quais policiais civis, funcionários públicos federais e empregados do Aeroporto Internacional de Guarulhos.
Investigações mostraram que, por quatro vezes, entre 2006 e 2009, o grupo tentou enviar mais de 250 Kg da droga para a Africa do Sul e para a Europa.
Assessoria de Comunicação
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