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Sergipe

Direitos do Cidadão
20 de Março de 2021 às 11h40

Covid-19: MPF em Sergipe fiscaliza o monitoramento de oxigênio hospitalar feito pelo Poder Público

Em março, a secretaria de Saúde do Estado informou que o Estado de Sergipe não corre risco de desabastecimento do produto

Imagem mostrando topo de um cilindro de oxigênio

Imagem de Melanie Simon por Pixabay.

Em ofício datado de 12 de março, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou ao Ministério Público Federal que não há risco de desabastecimento de oxigênio medicinal nas unidades de saúde do Estado. O documento foi enviado em resposta ao MPF, que vem questionando os gestores da saúde do Estado e do Município de Aracaju com o objetivo de acompanhar o monitoramento realizado pelo Poder Público do consumo de oxigênio hospitalar nas unidades do Sistema Único de Saúde.

A intenção do MPF é identificar se o crescimento das internações de pessoas vítimas de covid-19 já vem gerando aumento da demanda do gás. A instituição também quer saber sobre a suficiência de reserva de oxigênio medicinal nas unidades de saúde e a disponibilidade das empresas contratadas em aumentar o fornecimento do insumo em três vezes do uso médio atual, em caso de emergência.

Para o MPF, é fundamental que, no âmbito do planejamento, o Poder Público adote providências para sustentar a robustez do abastecimento ao longo da pandemia. Também é necessária a manutenção e o acompanhamento dos fatores que podem gerar alteração de consumo de oxigênio, como o aumento acelerado de internações, mapeamento de número de novos de casos e efeitos das medidas restritivas adotadas ou a serem adotadas.

Em resposta às demandas do MPF, a Secretaria de Estado da Saúde informou que entre 2019 e 2020, à época da primeira onda, não houve aumento significativo no consumo de oxigênio. O órgão também informou que realiza o controle de armazenamento do produto no Estado de Sergipe e que cada unidade hospitalar possui uma pessoa responsável pelo monitoramento diário do fluxo dos gases medicinais.

Na ocasião, a SES comunicou que as unidades de saúde com maior consumo possuem tanques criogênicos fixos e são abastecidos por caminhão com oxigênio no estado líquido. As unidades menores usam cilindros de oxigênio gasoso. Para o transporte de pacientes, é utilizado oxigênio em cilindros. Para todas as modalidades, segundo informado pela Secretaria, há abastecimentos reservas para o caso de emergências. Além disso, a SES informou que está em andamento licitação para o aumento do volume de fornecimento do gás.

Empresas - Em janeiro, o MPF requisitou informações às empresas fornecedoras do insumo White Martins, CR Oxigênio e Air Liquide. No mesmo mês, recebeu resposta da empresa CR Oxigênio, que fornece o produto para as unidades de saúde do Estado e do Município. Ela informou monitora o consumo do produto por meio de mensurações das médias anual, mensal e diária consumida, por unidade de saúde abastecida em Sergipe. Também afirmou que opera no estado com capacidade armazenada de mais de 50% do consumo médio mensal e que é capaz de dobrar o fornecimento mensal, em caso de necessidade. Com clientes da rede hospitalar privada de Sergipe, a empresa White Martins Gases Industriais do Nordeste informou ao MPF, também em janeiro, que opera atualmente com cerca de 65% da sua capacidade de produção, suficiente, segundo afirmado, para atender a todos os seus clientes contratados. A Air Liquide disse que não atende a clientes em Sergipe.

Novo ofício - Em razão do aumento de internações em todo o Estado, o MPF enviou novo ofício às secretarias de Saúde do Estado e do Município, na última quinta (18). No documento, o MPF quer saber se já foi observado aumento do consumo de oxigênio em março em relação aos meses de janeiro e fevereiro de 2021. Além disso, solicitou que as Secretarias informem se alguma unidade de saúde da rede pública já sinalizou necessidade de aumento da capacidade de armazenamento e/ou da frequência de abastecimento, e as providências eventualmente adotadas.

Hospitais Particulares que atendem pelo SUS - Outro ponto questionado diz respeito aos diversos hospitais privados (em especial os filantrópicos) que integram a rede pública de saúde de Sergipe mediante contrato. Eles respondem por grande parte das internações de pacientes com covid-19 no âmbito do SUS e alguns deles estão situados no interior do Estado. Sobre esses, o MPF quer saber sobre a elaboração de plano, em conjunto com a Secretaria de Saúde, para o monitoramento contínuo da produção, do consumo e do armazenamento de oxigênio medicinal. No plano de ação devem estar expressas atribuições do ente público e da unidade de saúde contratada e o detalhamento do fluxo de monitoramento constante entre a unidade e o Poder Público.

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