Com apoio do GTA, FPI/SE realiza sobrevoo no Rio São Francisco
Medida possibilita confirmar denúncias e descobrir novos pontos que passam a ser alvos de fiscalização em terra
Foto: FPI/SE
Desmatamento de caatinga, ocupação irregular em área de proteção ambiental, queima de lixo, lançamento de esgoto, captação de água, assoreamento e erosões das margens do Rio São Francisco foram alguns pontos observados durante o sobrevoo realizado na sexta-feira (8). “Voar sobre o São Francisco nos permite detectar vários problemas que não são possíveis de verificar por terra”, relata o vice-presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco (CBHSF), Maciel Oliveira. “Essa é uma atividade operacional que nos permite a tomada de decisões, a escolha de alvos, o monitoramento, o diagnóstico e a fiscalização”, explica a procuradora da República Lívia Tinôco. “O sobrevoo durante a FPI nos possibilita a confirmação de denúncias e a descoberta de novos pontos que passam a ser alvos de fiscalização em terra. É um grande apoio às equipes terrestres”, completa a procuradora.
“Recebemos denúncias de utilização irregular de lenha de caatinga originária do assentamento Araticum. Quando fizemos o sobrevoo, observamos uma extensa área desmatada e tiramos as coordenadas. Quando a equipe Flora foi por terra, confirmou que as coordenadas da área desmatada eram realmente do assentamento Araticum”, relata o coordenador da equipe Flora, Elísio Marinho Neto. O sobrevoo também é importante para detectar as áreas onde a caatinga está mais preservada. “Neste ano, mais uma vez, confirmamos que a área da Terra Indígena Caiçara, em Porto da Folha, permanece bem preservada”, diz a procuradora da República. “Identificar as áreas mais preservadas nos auxilia a escolher os possíveis locais para soltura de animais silvestres”, salienta.
Durante sobrevoo na região, a procuradora Lívia Tinôco e o vice-presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, Maciel Oliveira, ficaram assustados com a erosão do rio próxima à Comunidade Quilombola Mocambo. “O barranco está afundando e cada vez mais se aproximando das casas”, afirmou a procuradora. O CBHSF se disponibilizou a executar projeto com o fim de tentar conter o assoreamento e melhorar as condições da comunidade Mocambo. Mais informações sobre esta situação estão disponíveis aqui.
Sobrevoo – Com duração de 40 minutos, o sobrevoo foi iniciado em Canindé do São Francisco, tendo passado por Porto da Folha e foi finalizado em Gararu. Participaram da atividade a procuradora da República Lívia Tinôco, o vice-presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, Maciel Oliveira, o coordenador da equipe Flora, engenheiro florestal Elísio Marinho Neto, o Major Argollo, comandante do voo, o policial civil Rubens, copiloto, e o sargento Glauber, tripulante operacional. Os três últimos integram o Grupamento Tático Aéreo da Polícia Civil de Sergipe.
Assessoria de Comunicação da FPI/SE