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Santa Catarina

Indígenas
12 de Julho de 2018 às 13h15

TRF4 confirma sentença que impede publicidade do estado em caso de atraso nas obras em terra indígena

Obras consideradas emergenciais na Aldeia Toldo Chimbangue deveriam ter começado em janeiro de 2014

Retângulo verde com a inscrição Indígena.

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) confirmou decisão da Justiça Federal de Chapecó (SC) que, a pedido do Ministério Público Federal (MPF) em Santa Catarina (SC), impede que o estado veicule publicidade institucional em qualquer veículo de comunicação “em especial aquela do tipo ‘divulgação de realizações do governo’” caso não comprove os trâmites imediatos para implementação de medidas emergenciais na Terra Indígena Toldo Chimbangue, previstas em acordo judicial homologado em janeiro de 2014. O estado foi condenado ainda a pagar multa diária de R$ 2 mil se não concluir as obras determinadas pela Justiça no prazo de 240 dias.

As medidas emergenciais são necessárias, conforme apurado em inquérito civil público instaurado em 2006 pela Procuradoria da República em Chapecó, como decorrência das obras de pavimentação asfáltica do acesso aos municípios de Chapecó e Paial, na SC 484, que teve trecho, de aproximadamente sete quilômetros de seu traçado, inserido na terra indígena, atravessando inclusive a sede da aldeia. Em novembro de 2017, a juíza federal Priscilla Mielke Wickert Piva, de Chapecó, já havia proferido a decisão, confirmada agora pelo TRF4, a partir de pedido do MPF.

Naquela ocasião, o MPF requereu ainda, considerando o “histórico de pouca efetividade na fixação de multa”, que o estado fosse impedido de fazer propaganda institucional “do tipo divulgação de realizações do governo” enquanto as obras acordadas como emergenciais para a Terra Indígena não fossem concluídas. O MPF considerou “inaceitável” que o cronograma apresentado pelo estado para execução das medidas emergenciais fosse estendido até abril de 2019. Segundo o procurador Carlos Humberto Prola Junior, da Procuradoria da República em Chapecó, o cronograma apresentado “ultrapassa qualquer limite razoável” e “beira ao escárnio com todos os envolvidos”.

Na manifestação à Justiça Federal, o procurador em Chapecó destacou que as obras na Terra Indígena Toldo Chimbangue não são obras complexas, que envolvam soluções técnicas avançadas, com elevados investimentos. “Trata-se, ao contrário, de singelas obras, como reparos em moradias, adequações de vias e pequenas obras de drenagem, que se arrastam há muitos anos sem solução, sem efetiva ação por parte do estado de Santa Catarina, que vem ‘empurrando com a barriga’ o caso, sempre com uma nova desculpa e uma nova promessa.”

Ação nº 5001551-15.2014.4.04.7202.

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