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Rio Grande do Sul

Indígenas
21 de Junho de 2022 às 14h40

MPF quer solução definitiva para abastecimento de água no interior da Terra Indígena Nonoai (RS)

Aldeias do setor Pinhalzinho sofrem com deficiências no abastecimento de água potável há pelo menos 7 anos, informa ação civil pública

TORNEIRA METÁLICA COM UMA GOTA D'ÁGUA PINGANDO DA BICA

Imagem: StockPhotos

O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou uma ação civil pública perante a Justiça Federal de Carazinho (RS), com pedido de tutela provisória de urgência, que visa a garantir o fornecimento de água potável para a comunidade residente na Terra Indígena (TI) Nonoai, mais especificamente nas aldeias do setor Pinhalzinho, mediante a construção de rede de abastecimento de água.

Em Passo Fundo, o MPF demanda que a Justiça obrigue a União e a Corsan (Companhia Riograndense de Saneamento) a apresentar cronograma, dar início e concluir, no prazo de até um ano, as obras de construção de Sistema de Abastecimento de Água (SAA) para atender o setor Pinhalzinho da TI, sob pena de imposição de multa diária.

A ação também pede que os réus – a União, a Corsan e os municípios de Alpestre e Planalto – sejam solidariamente obrigados a providenciar o abastecimento de água, “por meio de caminhão-pipa ou outra forma que entender viável, aos indígenas, considerados os patamares mínimos fixados pela ONU”, enquanto não concluídas as obras de construção do SAA para atender o setor Pinhalzinho, em regime de urgência.

Segundo o MPF, lideranças da TI Nonoai já relatavam, em 2015, a ocorrência de problemas no abastecimento de água potável em algumas das aldeias, afetando as condições de saúde dos indígenas. Esse relato deu origem a um inquérito civil, tendo sido apurado que, apesar de a Corsan se utilizar da TI Nonoai para explorar sua atividade, já que uma de suas barragens se localiza na área, produzindo impactos para a comunidade indígena, o empreendimento não está totalmente regular do ponto de vista ambiental e a Corsan não fornece água para todas as aldeias, sendo necessário recorrer a medidas paliativas e, por isso mesmo, provisórias, como o caminhão-pipa.

Também foi verificado que já existe um projeto de sistema de abastecimento de água aprovado pelas áreas técnicas da Corsan e do Distrito Sanitário Especial Indígena Interior Sul, vinculado à Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), mas ele ainda não foi implementado em virtude da indefinição quanto à responsabilidade pelo custeio da obra. Ao longo do tempo, o MPF buscou, por meio de movimentações administrativas e reuniões com representantes da Corsan, da Sesai e dos municípios de Alpestre e Planalto, além da Fundação Nacional do Índio (Funai) e dos próprios indígenas, encontrar uma solução definitiva para o problema, porém não houve sucesso.

“Os problemas já perduram há pelos menos 7 anos”, informa a ação do MPF, e, desde então, “já foram gastos mais recursos (com medidas paliativas) do que se o sistema de abastecimento de água já tivesse sido implantado, visto que ele foi avaliado em menos de R$ 3 milhões”.

Número da ação para consulta processual: 5001698-21.2022.4.04.7118

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