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Rio Grande do Sul

Meio Ambiente
26 de Novembro de 2019 às 18h55

FGCIA realiza audiência pública para debater agrotóxicos na região de Alegrete

Cerca de 90 pessoas compareceram ao auditório do Centro Cultural de Alegrete

Mesa de autoridades presentes à audiência pública realizada em Alegrete pelo Fórum Gaúcho de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos

Foto: Ascom MPF/RS

O debate sobre os impactos do uso de agrotóxicos na saúde humana, no meio ambiente e para o consumidor reuniu cerca de 90 pessoas em audiência pública realizada na tarde desta terça-feira (26), em Alegrete (RS). O grupo representava 13 municípios da região convidados para o evento. O encontro ocorreu no auditório do Centro Cultural do município. A organização foi do Fórum Gaúcho de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos (FGCIA), iniciativa do Ministério Público Federal (MPF), do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Ministério Público Estadual (MP/RS).

A mesa de abertura foi composta pelo atual coordenador do Fórum, o procurador da República Rodrigo Valdez de Oliveira; Paula Lamb, do CEREST-OESTE e GT de Vigilância em Saúde; Iara Denise Endruweit Battisti, professora da UFFS; Maria do Horto Loureiro Salbego, vereadora em Alegrete; José Luis Andrade, presidente do Conselho Municipal de Saúde de Alegrete; Bianca Casarotto, secretária de Saúde de Alegrete; e Gabriella Segabinazzi, secretária do Meio Ambiente de Alegrete.

Veja aqui a galeria de imagens da audiência pública

No início dos trabalhos, o coordenador Rodrigo Oliveira relatou a origem e a atuação do Fórum, formado atualmente por 67 instituições públicas e privadas, ONGs, conselhos de fiscalização de classe, universidades etc. Destacou ainda que o objetivo do encontro é promover o debate sobre os problemas do uso de agrotóxicos. “A nossa proposta é pluralidade, vir até a localidade para ouvir o trabalhador rural, o produtor rural, a extensão rural, a área da saúde, a sociedade em geral, sobre este tema tão complexo”, acrescentou.

A palestra “Exposição ocupacional a agrotóxicos: evidências de pesquisas no Rio Grande do Sul” ficou a cargo da doutora em Epidemiologia e professora da Universidade Federal da Fronteira Sul – Campus Cerro Largo, Iara Denise Endruweit Battisti. A pesquisadora ressaltou o fato de a Região Sul do país ter o maior índice de intoxicação por agrotóxicos. “E esses registros que temos são os  subregistros”, ponderou, listando que as doenças que mais estão relacionadas aos impactos no uso dos agrotóxicos nos estudos são o câncer, doenças neurológicas, endócrinas, depressão, respiratórias e auditivas. Um dos estudos apresentados mostra que na região das Missões 75% dos 293 agricultores entrevistados consideram os agrotóxicos perigosos e 39% relataram mal estar durante ou após a aplicação.

Também foi dada a palavra a cerca de 18 pessoas, representantes de entidades públicas e privadas, bem como movimentos sociais organizados e demais pessoas interessadas, previamente inscritas. A mortandade de abelhas, a importância nas notificações e das ações de educação e treinamentos, o enfrentamento ao problema e a redução de danos, o 2-4D, a agroecologia, a flexibilização dos registros de agrotóxicos, entre outros tópicos foram abordados.

Os debates contemplaram os municípios de Alegrete, Barra do Quaraí, Cacequi, Dom Pedrito, Itaqui, Maçambará, Manoel Viana, Quaraí, Rosário do Sul, Santa Margarida do Sul, Santana do Livramento, São Gabriel e Uruguaiana.

FGCIA - O Fórum é um espaço permanente, plural, aberto e diversificado de debate de questões relacionadas aos impactos negativos dos agrotóxicos na saúde do trabalhador, do consumidor, da população e do ambiente, possibilitando a troca livre de experiências e a articulação em rede da sociedade civil, instituições e Ministério Público.

Esta foi a 13ª audiência pública realizada no Estado. As anteriores foram em Ijuí (9/4/2015), em Pelotas (16/9/2015), Caxias do Sul (4/11/2015), Porto Alegre (8/6/2016), Encantado (21/9/2016), Osório (12/5/2017), Tupanciretã (25/8/2017), Rio Grande (6/4/2018), Santa Cruz do Sul (24/8/2018), Passo Fundo (30/11/2018),  Palmeira das Missões (15/5/2019) e Santa Rosa (5/09/2019).

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