Lava Jato/RJ: ex-subsecretário de Transportes e diretor da RioTrilhos são denunciados por lavagem de dinheiro
Luiz Carlos Velloso e Heitor Lopes de Sousa Júnior ocultaram e dissimularam valores recebidos ilicitamente em razão das obras da Linha 4 do metrô no Rio
As investigações comprovaram que o esquema de corrupção existente na Secretaria de Estado de Obras do Rio de Janeiro, que consistia na cobrança de propina das empreiteiras envolvidas nos bilionários contratos de obras civis, repetia-se na Secretaria Estadual de Transporte e na Companhia de Transportes sobre Trilhos do Estado do Rio de Janeiro (Riotrilhos), especificamente no contrato de construção do Metrô Linha 4.
“Afigura-se evidente que a organização criminosa, capitaneada por Sérgio Cabral durante sua gestão do estado do Rio de Janeiro, esteve presente em várias secretarias do Estado”, afirmam nas denúncias os procuradores da República que integram a força-tarefa.
Nos termos da denúncia, Heitor Lopes de Souza Júnior praticou atos de lavagem de dinheiro de três formas distintas: 1) 19 depósitos em dinheiro, no valor total de R$ 174 mil, na conta da empresa Arqline Arquitetura e Consultoria - EPP, da qual é sócio; 2) 32 transações financeiras, no valor total de R$ 5.306.460,00, entre a empresa MC Link Engenharia LTDA, subcontratada do consórcio que construiu a Linha 4 do Metrô, e a Arqline Arquitetura e Consultoria - EPP; 3) 139 operações financeiras, no valor total de R$ 30.710.419,05, envolvendo a empresa Arqmetro Arquitetura e Consultoria, da qual era sócio oculto.
A denúncia de Luiz Carlos Velloso narra quatro tipos de lavagem de dinheiro: 1) três pagamentos em dinheiro, no valor total de R$ 68.376,60, por serviços educacionais de seus filhos; 2) 69 pagamentos em dinheiro, no valor total de R$ 600.479,25, de cartões de crédito de sua esposa; 3) 182 depósitos em dinheiro, no valor total de R$285.002,11, na conta de sua esposa; 4) aquisição do automóvel Mercedes Benz C180, pelo valor de R$125 mil, em nome da empresa de seu irmão.
O Ministério Público Federal sustenta que as prisões preventivas de Heitor Lopes e Luiz Velloso devem ser mantidas, tendo em vista que grande parte dos recursos pagos a título de propina ainda não foi localizada.
Veja aqui e aqui a íntegra das denúncias.
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