Prato Feito das Ruas: conheça o projeto parceiro do Diálogos com a Academia
Iniciativa serve almoços semanais, embaixo do viaduto Imperatriz Leopoldina, em Porto Alegre, para pessoas em situação de vulnerabilidade social
Foto: Valeria Monteiro/Arquivo Pessoal
Em maio, o Ministério Público Federal (MPF) realizou o primeiro evento do projeto Diálogos com a Academia em 2017. Desde então, teve início uma parceria especial com a iniciativa Prato Feito das Ruas, que serve almoços aos sábados a pessoas em situação de vulnerabilidade em Porto Alegre. As doações de alimentos não perecíveis recebidas pelo Diálogos são destinadas para a ação que ocorre no bairro Cidade Baixa.
O PF das Ruas nasceu há cerca de 10 meses, quando um grupo de voluntários de outro coletivo com proposta similar, o Food Fighters, realizado sob o Viaduto da Conceição, resolveu levar a ideia para outro ponto da cidade. Foi então que o Viaduto Imperatriz Leopoldina, no cruzamento das avenidas Loureiro da Silva e João Pessoa, passou a receber a ação. De lá pra cá, os números cresceram consideravelmente. De dez, hoje o grupo conta com cerca de 40 voluntários que trabalham rotativamente – entre eles, estão as servidoras do MPF Valeria Monteiro e Viviane Claus.
Isso tornou viável aumentar gradualmente o número de almoços servidos. As 200 refeições lá do início agora já somam 600. "Estamos servindo almoço para muito mais gente, ainda que, desde o início, nunca tenha faltado comida pra ninguém", conta Valeria. Segundo ela, com o tempo, o público tornou-se mais variado e os moradores de rua passaram a representar apenas uma parte dos beneficiados. As histórias agora afloram de muitos lugares. Como a de uma família, vinda de Florianópolis com um bebê, que não mora na rua, mas passou a frequentar o PF por dificuldade financeira.
Como funciona - A organização é mais ou menos assim: cerca de 15 voluntários cozinham em suas casas nas sextas-feiras. No sábado, as refeições são levadas para o viaduto, aquecidas em fogareiros e servidas em marmitas. O PF das Ruas se mantém principalmente dos alimentos que chegam a partir de parcerias e contribuições individuais. "Recentemente recebemos uma grande doação do Bar Opinião", diz Valeria.
Ela explica ainda que existem custos pagos pelos próprios voluntários, como alimentos ricos em proteína, sucos, gás para o fogareiro, gasolina, marmitas e material de higiene: “A doação de itens como esses é muito importante.
Os voluntários também aceitam roupas, que são repassadas aos frequentadores que mais necessitam. No momento, a maior demanda é por peças masculinas, inclusive cuecas e meias.
Mas o projeto não se resume a alimentação e vestuário. A ideia é humanizar pessoas que estão à margem da sociedade. Pequenos gestos contam bastante. Uma doação de mesas e cadeiras tem permitido que pessoas mais velhas possam comer sentadas.
Celebrações - A iniciativa também busca proporcionar momentos especiais em datas comemorativas. No mês passado, foi celebrada uma festa junina: os voluntários se vestiram a caráter e uma parceria com o Instituto Embelleze possibilitou mais de 150 cortes de cabelo. Segundo Valeria, outras ações de orientação social estão sendo planejadas.
As divulgações e contatos ocorrem via página no Facebook e pelos telefones 998472398 / 998040143.
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