Javascript desabilitado
Logo MPF nome Logo MPF

3ª Região

Mato Grosso do Sul e São Paulo

Eleitoral
1 de Setembro de 2017 às 16h40

PEC 282/2016: evento participativo discute alternativas de reforma política

PRE/SP e OAB reúnem representantes do MPF, de movimentos sociais e cientistas políticos para discutir sistema eleitoral e financiamento de campanha

#pracegover: participantes do evento sobre reforma política. (Foto: Ascom/MPF na 3ª Região)

#pracegover: participantes do evento sobre reforma política. (Foto: Ascom/MPF na 3ª Região)

A reforma política em discussão e processo de votação no Congresso Nacional está longe de resolver a crise da representação política, que distancia cada vez mais os eleitos de seus eleitores. Esse foi o consenso de cientistas políticos e representantes de movimentos sociais que se reuniram nesta sexta-feira (1º) no auditório do Ministério Público Federal (MPF) na 3ª Região, para aprofundar as discussões sobre as questões mais polêmicas ou ignoradas na Proposta de Emenda à Constituição (PEC 282/2016) da reforma política. Os trabalhos foram coordenados pelo procurador regional eleitoral em São Paulo, Luiz Carlos dos Santos Gonçalves.

Há mais dúvidas do que certezas”, afirmou o vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, na abertura do evento, ao se referir às propostas em discussão no Congresso. Qualquer que seja o modelo de sistema eleitoral a ser adotado, o que se espera, afirmou, é que esse modelo contribua para o “adensamento” da representatividade, ou seja, para a aproximação do eleito com os anseios da sociedade.

A eleição de deputados federais e estaduais hoje é pelo sistema proporcional. Para ser eleito, o candidato depende não apenas dos votos que recebe, mas também dos votos recebidos pelo partido ou coligação. Se o distritão for aprovado pelo Congresso, os candidatos mais votados, independentemente da votação da sigla, serão eleitos. Cada estado, seria um distritão.

Nicolao Dino mostrou-se favorável ao sistema distrital misto, uma mistura dos dois sistemas : o eleitor vota duas vezes, um a no c andidato de seu distrito e a outr a em uma lista pré-determinada pelos partidos políticos. A metade das vagas no Legislativo seria preenchida pelos mais votados do distrito e a outra metade preenchida pelos candidatos da lista, de acordo com o coeficiente eleitoral, como é hoje.

S e aprovado o distritão, serão eleitos os candidatos mais conhecidos, que têm mais dinheiro e aqueles que dominam as máquinas partidárias, avaliou a pesquisadora Luciana Ramos, da Fundação Getúlio Vargas (FGV) . Esse sistema, criticou, impossibilita a renovação política.

Representação feminina - A representação das mulheres no Congresso Nacional, pouco mais de 10% - que coloca o Brasil em 154º no ranking da participação da mulher na política -, é outra questão que deve ser resolvida quando se discute a reforma política, afirmou Luciana Ramos.

"O que o Congresso discute no momento é a reforma eleitoral e o que precisamos é de uma verdadeira reforma política", disse Caci do Amaral, do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) . Em defesa da democracia direta e participativa, o MCCE busca a aprovação de projetos que reduzam as exigências para a apresentação de projeto de iniciativa popular. Hoje, é pre ciso o apoio de no mínimo 1% do eleitorado, além da adesão de 0,3% do eleitorado de pelo menos cinco estados da federação.

Para a deputada Renata Abreu (Pode-SP), uma verdadeira reforma política não sairá do Congresso Nacional. Teria que se formar uma constituinte, com representantes da sociedade civil, que permita a oxigenação do quadro político, defendeu.

Com ponderações sobre sistema eleitoral, representação das mulheres e também das minorias e financiamento de campanhas, Renata Abreu afirmou que o êxito de uma reforma política depende essencialmente da educação política do eleitor, que precisa saber cobrar de seu representante o cumprimento de suas funções. "O que ocorre hoje é cobrar do deputado (legislador) o asfalto na rua de sua casa", exemplificou.

Reforma dos partidos - M arcelo Issa, do Movimento Transparência Partidária , deu ênfase à reforma dos partidos, como condição fundamental para mudar a política . É preciso melhorar mecanismos de fiscalização do uso que estes fazem dos recursos públicos que lhe são destinos por meio do Fundo Partidário , defendeu.

O movimento propõe que a prestação de contas dos partidos esteja disponível na internet, acessível para a população. A prestação de contas hoje é anual, por meio de papel e genérica. Issa cit ou exemplo de um partido que apresentou gastos de mais de R$ 40 milhões com “ instalação de sede e gastos de manutenção”.

T ambém participaram do evento a procuradora-chefe da PRR3, Maria Cristiana Ziouva; a coordenadora do Grupo Executivo Nacional da Função Eleitoral (Genafe) Ana Paula Mantovani Siqueira; o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo (OAB-SP) , Marcos da Costa; e Luiz Sílvio Salata, presidente da Comissão de Direito Eleitoral da OAB-SP.

As discussões foram transmitidas pela TVMPF e tiveram cobertura ao vivo para o Twitter da PRE-SP @PRE_SP .

Contatos
Endereço da Unidade

Av. Brigadeiro Luís Antônio, nº 2020
São Paulo/SP
CEP 01318-002

prr3-sac@mpf.mp.br
(PABX) 11-2192-8600 FAX 11-2192-8694
Atendimento de de segunda a sexta, das 12h às 19h

Plantão
Escalas de Plantão.

Assessoria de Comunicação Social
Atendimento à Imprensa: https://saj.mpf.mp.br/.

_

Sistema de Protocolo Eletrônico  (Destinado a órgãos públicos e pessoas jurídicas)

Portal do Peticionamento Eletrônico (Destinado a cidadãos e advogados)

Sistema de Consulta Processual (Informações processuais)

Como chegar