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3ª Região

Mato Grosso do Sul e São Paulo

Meio Ambiente
23 de Março de 2020 às 12h40

Em evento promovido pelo Projeto Conexão Água, pesquisadoras debatem saúde humana e ambiental

Vídeo com a íntegra do seminário “Diálogo entre mulheres – Água e saúde” está disponível na TVMPF

(Foto: Ascom/PRR3

(Foto: Ascom/PRR3

Na semana do Dia Internacional da Mulher, o Projeto Conexão Água do Ministério Público Federal (MPF), convidou renomadas referências de diferentes áreas para falar sobre como o acesso à água contaminada especialmente por agrotóxicos pode impactar a vida, a saúde humanas e a saúde ambiental. O vídeo, com a íntegra do seminário ocorrido no dia 11/3, está disponível na TV MPF. Clique aqui para assistir.

Participaram do evento a professora doutora no Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (USP) Larissa Mies Bombardi, a bióloga e pesquisadora do Instituto Butantan Monica Valdyrce dos Anjos Lopes Ferreira e a PHD em oncologia e imunologia, Nise Yamaguchi.

Em sua fala, Larissa Bombardi chamou atenção para os efeitos da elevada utilização de agrotóxicos no Brasil, que lidera o ranking de países que mais consomem esse tipo de substância. Autora do atlas “Geografia do uso de agrotóxicos no Brasil e conexões com a União Europeia”, ela apresentou dados que mostram como o alto índice de resíduos agrotóxicos permitidos em alimentos, na água potável e no solo, provoca doenças, como Alzheimer e câncer, podendo causar mortes.

Larissa faz uma comparação entre Brasil e União Europeia (UE), mostrando que agrotóxicos que são usados por aqui não são liberados nos próprios países em que são produzidos. Segundo a pesquisadora, na água potável brasileira admite-se 5 mil vezes mais resíduo do herbicida glifosato do na UE. “Como falar de saúde no Brasil quando permitimos isso?”, questionou. Para ela, o governo brasileiro deve adotar critérios mais rigorosos para a liberação de pesticidas no país.

Confira aqui a apresentação.

A bióloga Monica Valdyrce dos Anjos Lopes Ferreira falou sobre sua trajetória profissional e acadêmica, mostrando como seus estudos a levaram a pesquisar métodos de aferir a toxicidade das águas, causada por agrotóxicos e outros agentes. Ela, que possui doutorado em Imunologia, trabalha na caracterização toxinológica de venenos e toxinas animais, principalmente de peixes, e estuda também sobre a influência das substâncias tóxicas no meio ambiente. Para Monica, é preciso educar a população, falando para todos sobre água, saúde e ciência, a fim de que os impactos negativos da utilização de agentes químicos sejam reduzidos através da prevenção. “É por meio da educação que vamos conscientizar e apontar alternativas”, disse.

Confira aqui a apresentação.

Câncer de mama – A oncologista e imunologista Nise Yamaguchi falou sobre câncer de mama, salientando como a alta ingestão de agrotóxicos, aliada a uma rotina sedentária e a uma alimentação com excesso de carne vermelha, hormônios, corantes e conservantes, faz com que possa haver mais mutações celulares responsáveis pela doença. Segundo ela, a ocorrência de câncer de mama é maior em países como os Estados Unidos, que consomem uma alta quantidade de alimentos transgênicos e com agrotóxicos. “Uma mulher japonesa que vai morar, por exemplo, no Havaí, tem dez vezes mais chances de ter câncer de mama do que quando morava no Japão”, exemplificou.

Confira aqui a apresentação.

Projeto Conexão Água – A procuradora regional da República Sandra Kishi, coordenadora do Projeto Conexão Água, enfatizou que o MPF está atento aos impactos negativos aos cidadãos, causados pela poluição na água. “Retardar medidas de prevenção é crime”, afirmou. A procuradora citou denúncia proposta pelo MPF no Rio de Janeiro contra a Cedae por poluição da Baía de Guanabara e do mar e complementou sua fala dizendo que, além de ações penais, o MP atua de maneira resolutiva, por iniciativas como o Conexão Água, que tem como objetivo propagar a sinergia de governança colaborativa com a formação de redes sobre desafiantes temas da ordem do dia, nas quais representantes dos diversos setores da sociedade civil, do governo, das ONGs, do setor público e privado e da academia se articulem em iniciativas proativas, visando à melhoria do acesso à água de qualidade no Brasil e da gestão integrada participativa e transparente da água com a do meio ambiente para a efetiva sustentabilidade, considerando importantes indicadores da saúde, de território, do clima, tecnologia, proteção da biodiversidade, transparência e participação da sociedade.

Veja abaixo a íntegra do evento na TVMPF.

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