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Paraná

Criminal
17 de Agosto de 2016 às 14h40

Operação Celeno: 86 investigados se tornam réus após denúncias do MPF em Paranavaí (PR)

Justiça acatou pedidos da Procuradoria da República sobre esquema de importação aérea de anabolizantes e eletrônicos deflagrado em junho

A Justiça Federal aceitou denúncias apresentadas pelo Ministério Público Federal (MPF) no município de Paranavaí, no Paraná, transformando em réus 86 envolvidos no maior esquema de importação ilegal de anabolizantes e eletrônicos por meio aéreo já descoberto no Brasil. A organização criminosa foi desbaratada durante a Operação Celeno, no dia 16 de junho, num trabalho conjunto entre Ministério Público Federal, a Justiça Federal e a Polícia Federal (PF).

Integrantes do esquema atuavam em vários estados e movimentavam anualmente cerca de R$ 3 bilhões em mercadorias contrabandeadas. A organização criminosa era formada por quatro núcleos que agiam no Paraguai e nos estados do Paraná, São Paulo e Minas Gerais.

Durante as investigações foi constatado que os quatro grupos, quase diariamente, conduziam aeronaves de Salto Del Guairá, no Paraguai, até pistas clandestinas no interior de São Paulo. As mercadorias eram encaminhadas para entrepostos de armazenamento, de onde eram transportadas por caminhões até os destinatários finais. As investigações também apontaram que o Aeroporto Edu Chaves, em Paranavaí, funcionava como ponto de parada utilizado pelos quatro grupos criminosos para abastecer as aeronaves e realizar serviços de manutenção.

Os responsáveis pelos fretes aéreos eram contratados por agenciadores baseados em Foz do Iguaçu, no Paraná, e em cidades do Paraguai. Parte da comercialização dessas mercadorias acontecia em empresas dos próprios contrabandistas, estabelecidas em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo e também na capital paulista.

Entre os denunciados estão agentes da Polícia Federal e da Polícia Civil de São Paulo. A princípio foram oferecidas quatro denúncias referentes aos quatro grupos identificados durante as investigações, entretanto, os feitos foram desmembrados
e resultaram, até o momento, em 41 ações penais. Os processos que já tramitam na Justiça Federal narram a realização de 585 voos clandestinos, e também a prática dos crimes de descaminho, organização criminosa internacional e de favorecimento real. Os líderes dos bandos compartilhavam informações constantemente e alguns pilotos voavam para mais de um dos grupos criminosos identificados.

Pelo menos doze aeronaves eram utilizadas pelos criminosos – quatro foram apreendidas ao longo da investigação que se iniciou em 2013. Em 26 de outubro de 2015 o caso ganhou repercussão nacional quando uma das aeronaves foi forçada a pousar no Aeroporto Edu Chaves, em Paranavaí, depois de ser alvejada pela Força Aérea Brasileira (FAB), quando retornava ao Paraguai. Cada uma destas aeronaves levava cerca de 600 quilos em mercadorias, num valor estimado de US$ 500 mil por frete.

Ao longo de toda a investigação já foram apreendidos 112 automóveis - alguns de luxo - e 11 aviões, além de muitos imóveis, joias e dinheiro. No dia da deflagração da Operação Celeno, foram cumpridos 138 mandados judiciais, sendo 28 de prisão preventiva, 15 de prisão temporária, 18 de condução coercitiva e 77 de busca e apreensão no Paraná, São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais.

Nº das ações penais originárias: 5001685-62.2016.404.7011, 5001693-39.2016.404.7011, 5001692-54.2016.404.7011 e 5001694-24.2016.404.7011.

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