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Paraná

Combate à Corrupção
9 de Junho de 2018 às 17h10

Lava Jato denuncia ex-funcionários da Petrobras e agente ligado ao PMDB por corrupção e lavagem de dinheiro

Investigação apontou pagamento de propina relacionado a contrato da Área Internacional da estatal celebrado com a empreiteira Odebrecht

Lava Jato denuncia ex-funcionários da Petrobras e agente ligado ao PMDB por corrupção e lavagem de dinheiro

A força-tarefa do Ministério Público Federal no Paraná (MPF/PR) ofereceu nesta sexta-feira, 8 de junho, denúncia contra nove pessoas pelos crimes de associação criminosa, corrupção, lavagem de dinheiro no interesse de um contrato para prestação de serviços no valor de R$ 825 milhões celebrado entre a Construtora Norberto Odebrecht e a Petrobras.

Entre os denunciados estão os ex-funcionários da estatal, Aluísio Teles Ferreira Filho, Rodrigo Zambrotti Pinaud e Ulisses Sobral Calile; o operador financeiro Mário Ildeu de Miranda; além de Ângelo Tadeu Lauria, apontado como agente que intermediava repasse de recursos ilícitos a políticos vinculados ao PMDB; e quatro executivos da empreiteira. A denúncia decorre da 51ª fase da operação Lava Jato, deflagrada no mês de maio.

O contrato celebrado previa a prestação de serviços de reabilitação, construção e montagem, diagnóstico e remediação ambiental, elaboração de estudo, diagnóstico e levantamentos nas áreas de segurança, meio ambiente e saúde (SMS) em nove países além do Brasil. Entretanto, para garantir que a empresa fosse favorecida na disputa, executivos pagaram propina aos ex-funcionários da estatal e a operadores vinculados ao PMDB no valor de aproximadamente US$ 55 milhões, atualmente cerca R$ 200 milhões. Tais pagamentos ocorreram entre os anos de 2010 e 2012.

Como contrapartida à propina paga, a Odebrecht teve acesso a informações privilegiadas de modo antecipado sobre o projeto, inclusive à relação das empresas a serem convidadas para o futuro certame, bem como ``sugeriu´´ alterações relacionadas ao procedimento licitatório que restringiam a competição e a favoreciam amplamente.

Dentro do esquema criminoso que tomou conta da Petrobras e que dividia as diretorias conforme os interesses políticos, as indicações e manutenções de cargo na Área Internacional eram realizadas pelo PMDB. À época dos crimes apontados pela denúncia, o diretor que ocupava o cargo era Jorge Zelada e Aluísio Teles ocupava o cargo de gerente-geral da pasta.

Provas robustas colhidas durante a investigação e que constam na denúncia indicam a forma como a propina foi ``distribuída´´. Repasses de cerca de US$ 24,7 milhões foram realizados para os ex-funcionários da Petrobras por transferências em bancos estrangeiros de modo escalonado, por intermédio de diferentes contas bancárias em nomes de empresas offshores, para dificultar o rastreamento de sua origem e natureza ilícitas.

Os elementos colhidos indicam ainda que aproximadamente US$ 31 milhões foram destinados a agentes que se apresentavam como intermediários de políticos vinculados ao então PMDB. O pagamento neste núcleo se deu por meio da utilização de contas mantidas por operadores financeiros no exterior, que tratavam de disponibilizar o valor equivalente em moeda nacional, em espécie e no Brasil, ao encarregado pelo recebimento e distribuição do dinheiro aos agentes vinculados ao PMDB.

Veja aqui a íntegra da denúncia.

Ação penal: 5023942-46.2018.404.7000

Chave eletrônica: 630245646318


Lava Jato – Acompanhe todas as informações oficiais do MPF sobre a operação Lava Jato no site www.lavajato.mpf.mp.br.

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