Projeto de educação em direitos humanos realizado com apoio da PFDC encerra primeiro ano de atividades
Estudantes do ensino médio produziram e apresentaram vídeos para colocar em debate os aprendizados acerca do tema
Imagem: PFDC
Liberdade de expressão, saúde, meio ambiente, lazer, segurança pública e educação. O distanciamento entre as diretrizes da Constituição Federal e a concretização desses e outros direitos esteve no centro do diálogo promovido na última sexta-feira (7) com estudantes do Centro Educacional 11 (CED 11) de Ceilândia, região administrativa do Distrito Federal (DF).
O encontro marcou o final da experiência piloto do projeto “Educação, Direitos Humanos e Prevenção”, uma iniciativa do Instituto Auschwitz para a Paz e a Reconciliação (AIPR), em parceria com a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC/MPF) e a Secretaria da Cidadania/Ministério dos Direitos Humanos.
O projeto objetiva contribuir com a criação e a difusão de ferramentas para uma educação inclusiva, voltada à construção de uma cultura de paz e que permita levar a estudantes do ensino médio debates acerca dos direitos humanos. As interações são realizadas por meio de eixos de aprendizagem que envolvem questões como identidade, igualdade e discriminação; diálogo plural, respeito e tolerância; solidariedade, empatia e cooperação; democracia e direitos humanos; cidadania responsável, fortalecimento e participação da juventude. Contemplam, ainda, temas transversais de cidadania global, como sustentabilidade, meio ambiente, globalização, mídia e comunicação.
Ao longo de 2018, o projeto foi executado simultaneamente em sete escolas. No Distrito Federal, além do CED 11, participou o Centro Educacional Gisno, situado no Plano Piloto de Brasília. As outras cinco escolas estão localizadas em São Paulo (SP). Ao todo foram envolvidos cerca de 700 alunos e 20 profissionais da educação.
Como produto final da formação, foram apresentados vídeos produzidos pelos próprios adolescentes, colocando em debate a garantia e a defesa dos direitos humanos. A partir de diversas abordagens, entre reportagens, entrevistas e reprodução de cenas do cotidiano, os inúmeros olhares dos alunos constituíram um retrato da diversidade local. A estratégia destacou o campo da educomunicação, que busca valorizar o repertório dos alunos e o uso de novas tecnologias de comunicação capazes de despertar motivações e perspectivas de cidadania, preocupando-se com os processos de diálogo e cooperação.
Conforme a maioria relatou, ainda é necessário superar vários desafios para que toda a sociedade, sem quaisquer formas de distinção ou preconceito, possa gozar de seus direitos. Destacaram, ainda, o enfrentamento às violências e a falta de acesso a políticas públicas como problemas estruturais persistentes em suas comunidades.
Na avaliação dos professores que conduziram as atividades no Centro Educacional 11 de Ceilândia, o projeto permitiu aos participantes o reconhecimento das diversidades e a ampliação da capacidade de análise crítica dos jovens, contribuindo para aprofundar os debates e problematizar as mazelas que impactam a população brasileira. “Trabalhar os conceitos de direitos humanos é muito difícil, mas não podemos deixar isso de lado”, afirmou Rodrigo Coelho de Bragança, coordenador das atividades do projeto no CED 11. “Os alunos ficaram mais questionadores. Aprenderam a falar e a ouvir com respeito”, reforçou a professora Elaine Ferreira Gomes Rockenbach. Além de Rodrigo e Elaine, a professora Alzenair Mesquita de Farias Araújo também compõe a equipe que levou a cabo a iniciativa na escola de Ceilândia.
Finalizado este primeiro ciclo, a coordenação do projeto continuará aplicando a ação em 2019. Caberá à equipe diretiva, nesse sentido, a seleção de novas escolas, a avaliação da proposta metodológica e a construção do cronograma de atividades.
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