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Procuradoria-Geral da República

Sistema Prisional
21 de Novembro de 2018 às 16h40

PGR defende diagnóstico de prioridades para gestão do sistema prisional

Em palestra na Escola Superior de Guerra, Raquel Dodge alertou para os números preocupantes de superlotação dos presídios brasileiros

Foto mostra a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, palestrando.

Fotos: Leonardo Prado - Secom/PGR

Nós continuamos prendendo mal no Brasil”. A afirmação foi feita pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, ao falar da superlotação nas prisões durante a palestra “Corrupção, Integridade e Lei válida igualmente para todos”, na Escola Superior de Guerra, no Ministério da Defesa, nesta quarta-feira (21). O encontro reuniu autoridades de diversos segmentos.

Entre os dados alarmantes citados por Raquel Dodge, está a taxa de ocupação em prisões e presídios brasileiros – em média, cinco vezes maior que o número de vagas disponíveis em cada instituição. Em alguns casos, segundo a PGR, o número chega a ser 10 vezes maior do que o estipulado para aquele espaço físico. Ela também apontou que somente 3% dos casos de homicídio chegam ao Judiciário, o que resulta na impunidade para quem comete crimes graves.

Um dos exemplos evidenciados durante a palestra foi o contraste entre a grande quantidade de mandados de prisão por homicídios em aberto e o alto número de encarcerados por crimes não violentos. “Hoje, a maioria dos homicidas está solta, de acordo com dados da Base Nacional de Mandados de Prisão”, reforçou.

O obstáculo, segundo a PGR, seria a ausência de um diagnóstico mais rigoroso do encarceramento para a definição de prioridades na gestão prisional, bem como a aprovação de leis mais eficazes no combate a crimes graves, como homicídios e corrupção. “Há reprimendas muito leves que não permitem a aplicação inibitória do efeito penal”, argumentou.

A PGR também falou sobre a importância da configuração do Ministério Público brasileiro para a abrangência da atuação da instituição. Dodge lembrou das atribuições concedidas ao MP pela Constituição Federal de 1988, conferindo graus de independência e autonomia atribuídas a poucos MPs no mundo. Segundo ela, isto permite ao Ministério Público atuação mais abrangente, garantindo o combate a uma grande diversidade de crimes, mas também a defesa dos direitos humanos.

Prêmio Direitos Humanos 2018 – Em solenidade no Ministério dos Direitos Humanos (MDH), também nesta quarta-feira (21), Raquel Dodge recebeu o Prêmio Direitos Humanos 2018 pela atuação na temática em sua gestão. O evento integra as atividades referentes aos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, e homenageou 50 personalidades e entidades pela defesa dos direitos humanos no Brasil. Entre eles, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli e a ministra Cármen Lúcia, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, e a pajé Mapulu Kamayurá.

O ministro dos Direitos Humanos, Gustavo Rocha, reafirmou a importância do prêmio para o reconhecimento e a valorização da luta pelos direitos humanos: “O objetivo é que aqueles que dedicaram suas vidas, inclusive alguns que até perderam suas vidas, sejam reconhecidos”.

Durante o evento, a procuradora-geral da República também assinou a Carta Aberta Empresas pelos Direitos Humanos, compromisso firmado pelo governo e a iniciativa privada em favor da pauta. O documento foi inspirado pelos Princípios Orientadores sobre Empresas e Direitos Humanos, aprovados pelo Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2011, com critérios norteadores para dar maior efetividade às ações em defesa dos direitos humanos.

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