Analistas políticos americanos visitam PGR para conhecer ações de combate à corrupção
Eles foram recebidos por integrantes da Secretaria de Cooperação Internacional e do Grupo de Trabalho da Lava Jato
O secretário de Cooperação Internacional da Procuradoria-Geral da República (SCI/PGR), Vladimir Aras, e o coordenador do Grupo de Trabalho da Lava Jato, Sergio Bruno Cabral Fernandes, receberam, na última sexta-feira (12), os analistas político-econômicos para o governo dos Estados Unidos Robert King, Janine Young e Natasha Tichner. Eles visitaram a Procuradoria Geral da República (PGR) para conhecer os avanços do Brasil no combate à corrupção, sobretudo a partir da operação Lava Jato.
Também participaram da reunião o secretário adjunto da SCI, Carlos Bruno Ferreira da Silva, a procuradora da República Melina Castro Montoya Flores, que integra o Grupo de Trabalho da Lava Jato, e a assessora-chefe da SCI, Geórgia Diogo. O encontro foi solicitado pela assessora política da Embaixada norte-americana Richa Bhala, que acompanhou o encontro. Vladimir Aras explicou aos analistas que a evolução na cooperação entre órgão de controle no Brasil e em outros países foi um dos pontos que contribuiu para o avanço no combate à corrupção, assim como mudanças legislativas. Na Lava Jato, até o momento, foram feitos 206 pedidos de cooperação internacional. Desses, em 136 casos o Brasil solicitou informações a 33 países e em 70 respondeu pedidos oriundos de 26 nações.
A aprovação da Lei de Combate ao Crime Organizado, em 2013, que criou o instituto da colaboração premiada, e da Lei da Lavagem de Dinheiro, de 2011, que estabeleceu normas de compliance, também foram medidas que contribuíram com o avanço da investigação, segundo o secretário de cooperação internacional. Em três anos de operação Lava Jato, cerca de R$ 10,3 bilhões são alvo de recuperação por acordos de colaboração, R$ 757 milhões são objeto de repatriação e R$ 3,2 bilhões em bens de réus já foram bloqueados.
Durante o encontro, Aras destacou que, para aprimorar o combate a irregularidades e prevenir a corrupção, o MPF propôs dez medidas de alteração legislativa, que receberam o apoio de dois milhões de assinaturas da sociedade. As propostas, que estão em tramitação no Congresso Nacional, incluem o aumento das penas e crime hediondo para a corrupção de altos valores, celeridade nas ações de improbidade administrativa, criminalização do enriquecimento ilícito de agentes públicos e criminalização do caixa dois.
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