Javascript desabilitado
Logo MPF nome Logo MPF

Pará

Meio Ambiente
21 de Fevereiro de 2020 às 14h55

Tribunal acata recurso do MPF e decide que não se aplica o princípio da insignificância quando o acusado responde a mais de uma ação penal ambiental

Decisão foi divulgada pela Justiça Federal na quarta-feira (18)

Pilha de toras de madeira sob céu com poucas nuvens.

Imagem ilustrativa em domínio público por Peter Heeling, via skitterphoto.com

A Justiça Federal decidiu que não se aplica o princípio da insignificância quando o acusado responde a mais de uma ação penal ambiental. A decisão, que acata recurso do Ministério Público Federal (MPF), é do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), em Brasília (DF), e foi divulgada pela Justiça Federal na quarta-feira (18).

O recurso  foi interposto pelo MPF em 2017, contra decisão da Justiça Federal em Itaituba (PA) que, com base no princípio da insignificância, rejeitou denúncia contra acusado de crime de dano a unidade de conservação no município, a Floresta Nacional (Flona) do Jamanxim. A Quarta Turma do tribunal determinou o prosseguimento da ação criminal. 

O MPF alegou que, apesar de a área desmatada citada na denúncia ter sido inferior ao módulo fiscal da região (o módulo fiscal é de 75 hectares, e o desmatamento foi de 20,14 hectares), sendo considerado dano ambiental de “baixa monta”, o réu, Alcides Bidim, já havia sido denunciado anteriormente pelo cometimento de outra infração ambiental, por destruir 33,98 hectares de floresta amazônica.

Segundo o desembargador federal Cândido Ribeiro, relator do processo no TRF1, o princípio da insignificância vem sendo aplicado em hipóteses excepcionais. De acordo com o magistrado, no que se refere a crimes ambientais, considerando-se a importância e a singularidade do bem tutelado (meio ambiente equilibrado), o princípio da insignificância deve ser aplicado com cautela.

No caso, o relator afirmou que, como o acusado foi denunciado em outro processo por destruir 33,98 hectares de floresta amazônica, não se faz possível a aplicação do princípio da insignificância tendo em vista os entendimentos do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que afastam a aplicação desse princípio “quando há reiteração de condutas criminosas, ainda que insignificantes, quando consideradas de forma isolada em face da reprovabilidade da contumácia delitiva”.

A decisão foi unânime.


Processo nº 0000763-53.2017.4.01.3908/PA - Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília (DF)

Íntegra da decisão

Consulta processual

 

(Com informações do site do TRF1)

 

 

Ministério Público Federal no Pará
Assessoria de Comunicação
Para atendimento à imprensa: saj.mpf.mp.br
Para envio de representações (denúncias) ao MPF, protocolo de documentos ou acesso a outros serviços aos cidadãos: www.mpf.mp.br/mpfservicos 
Para mais informações:

registrado em: *4CCR, *2CCR
Contatos
Endereço da Unidade

Rua Domingos Marreiros, 690

Umarizal – Belém/PA

CEP 66.055-215

PABX: (91) 3299-0111
Atendimento de segunda a sexta, das 8 às 18h

Sala de Atendimento ao Cidadão (SAC):

10 às 17h

(91) 3299-0138 / 0125 / 0166

Atendimento exclusivamente por WhatsApp: (91) 98437-1299

Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão:

9 às 18h

Protocolo:

9 às 18h

Biblioteca:

13 às 18h

Plantão:

Clique aqui e acesse todas as informações sobre o plantão

Como chegar
Sites relacionados
Área Restrita