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Pará

Indígenas
11 de Junho de 2018 às 16h55

Projeto educacional para indígenas venezuelanos em Belém (PA) será apresentado a gestores nesta terça-feira (12)

Solicitado pelo MPF, projeto foi elaborado por órgãos estaduais, municipais e não governamentais coordenados pela Universidade do Estado do Pará (Uepa) e com a participação dos Warao

Grupo de pessoas reunidos em uma sala enquanto uma mulher fala em frente a todos.

​​Integrantes do grupo de trabalho reunidos na Uepa: ​abordagem intercultural (foto: Nailana Thiely/Ascom Uepa, via Agência Pará)

O Ministério Público Federal (MPF) convidou gestores públicos para uma reunião nesta terça-feira (12) de apresentação de projeto educacional para os indígenas venezuelanos da etnia Warao que estão em Belém desde o segundo semestre de 2017. O objetivo é detalhar os principais pontos do projeto e definir as providências necessárias para que as aulas comecem ainda este mês. O evento será realizado às 10h30, na sede do MPF em Belém, no bairro do Umarizal.

Foram convidados o governador do estado, Simão Jatene, o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, e os titulares das secretarias estadual e municipal de educação, da Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster) e da Secretaria Extraordinária de Integração e Políticas Sociais (Seips), além do reitor da Universidade do Estado do Pará (Uepa), Rubens Cardoso.

A elaboração da proposta educacional foi solicitada pelo procurador da República Felipe de Moura Palha a um grupo de trabalho coordenado pela Uepa, por meio do Núcleo de Formação Indígena (Nufi). Integrado por órgãos estaduais e municipais e de organizações não governamentais, o grupo construiu a proposta com a participação dos indígenas.

‘Vamos em frente’ – Intitulado Kuarika Nakuri, que significa ‘Vamos em Frente’ na língua Warao, o projeto considerou a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), das Nações Unidas, sobre as populações indígenas, informa a coordenadora do Nufi, Joelma Alencar.

Também foi levada em conta a abordagem intercultural, que reconhece valores, saberes tradicionais e práticas das próprias comunidades, para garantir o acesso a conhecimentos e tecnologias que viabilizem a interação e a participação cidadã.

A experiência da Uepa desenvolvida a partir do curso de Licenciatura Intercultural Indígena auxiliou. “É algo muito novo, apesar de alguns traços culturais se aproximarem lá e aqui. Os indígenas que estão em Belém não são aldeados nem citadinos, são migrantes. A participação deles foi decisiva e o nosso papel foi de intermediar o seu protagonismo”, explica.

Autonomia – Os Warao são o segundo povo indígena mais populoso da Venezuela e habitam a região do Delta do Orinoco. Desde 2014 têm empreendido migrações para o Brasil em busca de melhores condições de vida, entrando no país pela fronteira de Roraima e seguindo para o Amazonas e Pará, nos municípios de Santarém e Belém. Geralmente, os homens falam o espanhol e têm dificuldades de se comunicar em língua portuguesa. Para as mulheres essa questão ainda é mais complexa, pois só falam a língua própria do povo.

Por isso, os princípios que regem o projeto buscam o letramento, que é diferente da alfabetização, pois possibilitará a interação e a autonomia em território brasileiro. As etapas de elaboração iniciaram com um estudo sociolinguístico. “O levantamento buscou identificar aspectos como idade, escolaridade, grupos de famílias, língua materna, conhecimento oral e escrito dos dialetos Warao, espanhol e português”, destaca a assessora linguística do projeto, Eliete Solano.

Foram mapeados três perfis de alunos: homens adultos, adolescentes, e mulheres e crianças que estudarão juntos em uma dinâmica adaptada, conforme a cultura deles.

Aulas – As aulas devem ocorrer no Bosque Rodrigues Alves e em escolas nas proximidades do principal abrigo em que os Warao estão alojados, no bairro da Pedreira. O projeto estabelece que o ideal é que os professores também sejam os próprios Warao, após passarem por preparações específicas. Está prevista carga horária para docentes da rede pública de ensino familiarizados com a questão.

O conteúdo das disciplinas está centrado nas áreas de linguagem e arte; ciências da natureza e matemática; e ciências humanas e sociais. Os temas abordarão assuntos relacionados aos interesses dos indígenas, como agricultura, pesca, artesanato, aliados a outros tópicos necessários para a autonomia deles, como empreendedorismo.


(Com informações da Uepa)

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