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Mato Grosso

Combate à Corrupção
17 de Junho de 2020 às 7h0

Deflagrada terceira fase da Operação Tapiraguaia

Ministério Público Federal denuncia agentes públicos por desvio de recursos federais na região do Vale do Araguaia (MT)

Arte retangular sobre foto de uma cidade. Em uma faixa branca sobre a foto está escrito operação tapiraguaia na cor preta.

Arte: Ascom/MPF

O Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria da República em Barra do Garças, e a Polícia Federal, deflagram, na manhã desta quarta-feira (17), a terceira fase da Operação Tapiraguaia. Estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão nas cidades de Cuiabá, São Félix do Araguaia e Serra Nova Dourada. São alvo dos mandados agentes políticos, servidores públicos municipais e empresários.

A operação deflagrada nesta quarta-feira decorre do aprofundamento das investigações no âmbito da terceira fase da Operação Tapiraguaia, que tem como foco coletar provas da prática de crimes licitatórios e do desvio de milhões de reais em recursos públicos federais, durante a execução de contratos celebrados e executados pelos municípios de São Félix do Araguaia e Serra Nova Dourada, em 2014.

A partir de auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) e de investigações da Polícia Federal, o Ministério Público Federal denunciou nesta quarta-feira (17) agentes políticos, servidores públicos e empresários que cometeram crimes no município de Serra Nova Dourada.

A acusação ministerial imputou ao ex-prefeito de Serra Nova Dourada, de 2013 a 2016, Edson Yukio Ogatha, ao representante da empresa Construtora Jurena, Nelson Renato Lemos Melo, e ao presidente da comissão de licitação a época dos fatos, Meudra Pereira dos Santos, a prática do delito de frustrar o caráter competitivo da licitação de tomada de preço 01/2014, que previa a execução de 37,8Km de estradas e 51m de pontes no Projeto de Assentamento Bordolândia, ocasião em que o valor das obras ficou em R$ 1.452.662,97.

No mesmo contexto, o Ministério Público Federal ofereceu denúncia em desfavor de Edson Yukio Ogatha, Nelson Renato Lemos Melo e Markus Túlio Ferro de Brito, engenheiro da prefeitura, pela prática do crime de peculato especial, vez que durante a execução do contrato, por meio do ateste de serviços não executados, desviaram recursos públicos federais (R$ 161.830,14, valor que atualizado até dezembro de 2018, perfaz o montante de R$ 268.434,82).

De acordo com o procurador da República Guilherme Fernandes Ferreira Tavares, os agentes públicos atuaram decisivamente para este fim ilícito, pois elaboraram editais com cláusulas abusivas, conduzindo a um certame eivado de vícios, realizando fiscalizações e medições, sendo, por fim, agraciados com propinas. “Eles, mediante suas condutas, foram imprescindíveis para o sucesso dessa empreitada criminosa. Caso optassem por cumprir suas funções públicas com o zelo, moralidade, eficiência, honrando a confiança que a sociedade lhe depositou, essa empreitada criminosa estaria, com certeza, fadada ao insucesso e o patrimônio público seria preservado”, enfatiza o procurador no processo.

Para cometer os crimes denunciados, os agentes montaram um procedimento licitatório ao arrepio do ordenamento jurídico, de modo a direcionar a contratação da Construtora Jurena. Nessa esteira, durante a execução contratual, por meio de medições e atestes de serviços não realizados, foram desviados recursos públicos federais, em detrimento da população de Serra Nova Dourada, que permanece sem poder contar com serviço público eficiente e de qualidade, a despeito dos recursos para tanto já terem sido devidamente repassados.

As investigações realizadas no bojo da Operação Tapiraguaia, nas fases anteriormente deflagradas, vêm demonstrando que agentes políticos, servidores públicos municipais e empresários de municípios do Vale do Araguaia praticaram diversas infrações penais, desviando recursos destinados a políticas públicas vinculados à educação, saúde e mobilidade urbana, impedindo a implementação de políticas públicas na região do Vale do Araguaia.

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