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Mato Grosso do Sul

Comunidades Tradicionais
3 de Abril de 2018 às 18h55

#ABRILindígena: acordo garante eleição para diretor de escola na aldeia Bananal, em Aquidauana (MS)

Ocupação de demais cargos administrativos será definida mediante diálogo entre administração municipal e comunidade indígena

Na imagem, o cacique Célio aparece assinando o acordo firmado com a prefeitura de Aquidauana.

Foto: Ascom PR/MS

Um acordo entre a Prefeitura de Aquidauana (MS) e lideranças indígenas vai garantir a realização de eleição para escolha da nova direção da Escola Municipal Indígena Polo (EMIP) General Rondon, localizada na aldeia Bananal. A reunião foi realizada nessa segunda-feira (2) e se deu no âmbito do inquérito civil instaurado pelo Ministério Público Federal (MPF), após questionamentos feitos pelos indígenas sobre o fato de a administração municipal ter nomeado, em 22 de fevereiro, uma nova diretora para a unidade escolar sem consulta prévia à comunidade. O encontro ocorreu na Procuradoria da República em Mato Grosso do Sul (PR/MS).

Participaram da reunião o cacique da aldeia Bananal, Célio Fialho; o prefeito de Aquidauana, Odilon Ferraz Alves Ribeiro; o secretário municipal de Educação, Mauro Luiz Batista; o procurador jurídico do município, Heber Seba Queiroz; o procurador da República Emerson Kalif Siqueira e o antropólogo do MPF Marcos Homero Ferreira Lima.

Restou acordado que a eleição para escolha da nova direção será realizada no prazo de cinco meses. Até lá, o cargo será ocupado provisoriamente por profissional indicado pela administração municipal. A indicação de professores e demais cargos administrativos ocorrerá mediante o diálogo entre a prefeitura e a comunidade indígena, observados os critérios de capacitação para tal.

OIT - A reivindicação da comunidade encontra respaldo na Convenção nº 169/1989, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), sobre os Povos Indígenas e Tribais, ratificada pelo Decreto nº 5051/2004, que determina que “os programas e os serviços de educação destinados aos povos interessados deverão ser desenvolvidos e aplicados em cooperação com eles”, entre outros regramentos que determinam expressamente a consulta dos povos indígenas em “medidas administrativas suscetíveis de afetá-los diretamente”.

Além disso, ao nomear a diretora em questão, a prefeitura deixou de seguir o próprio regramento, consistente na Resolução Gemed nº 11, de 27 de junho de 2011, que estabelece diretrizes para a eleição de diretores e diretores-adjuntos das escolas da rede municipal de ensino, cuja fase final é a eleição direta destes profissionais.

O não entendimento entre as partes resultou na interdição temporária da escola, deixando os alunos sem aula até o momento. No processo de negociação, o MPF realizou uma série de reuniões e diligências, promovendo a interlocução entre a administração municipal e as lideranças indígenas. Após várias tratativas, as partes negociaram uma solução que atende as expectativas de todos.

Clique aqui para ver mais imagens.

Inquérito Civil Público nº 1.21.000.000490/2018-24

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