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Minas Gerais

MPF-MG de 1º grau

Criminal
28 de Outubro de 2020 às 15h5

Operação Império Guarani: MPF denuncia dez pessoas por contrabando de cigarros

Agindo, pelo menos desde 2013, o grupo apoiava-se mutuamente nas atividades de armazenamento, transporte e comercialização dos produtos a partir de municípios do sul de Minas Gerais

#pracegover Imagem mostra quatro cigarros sobre um fundo que parece fumo picado

Imagem ilustrativa: Pixabay

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou um grupo criminoso voltado à prática de contrabando de cigarros de origem paraguaia, para comercialização e distribuição em diversos municípios do interior dos estados de Minas Gerais e São Paulo. Os acusados também estavam envolvidos com a fabricação e distribuição clandestina de cigarros de palha, por meio da falsificação de marcas nacionais.

Segundo a denúncia, após a Lei 13.008/2014, o Código Penal deixou de exigir a origem estrangeira da mercadoria para a configuração das figuras equiparadas a contrabando, permitindo que a produção e comercialização, em território nacional, de cigarros de palha falsificados, fosse enquadrada no crime de contrabando por equiparação, previsto no artigo 334-A, §1º, incisos IV e V, do Código Penal, já que a os cigarros falsificados são mercadorias proibidas pela lei brasileira.

Foram denunciados Nivando Camilo de Souza, Jovane Cezário Kawatake, Ivan Cosme Souza Ferreira Conceição, Vagner Rogério da Rosa, Patrícia Regina da Rosa e Leandro de Lima Santos pelos crimes de associação criminosa e contrabando.

Outros quatro acusados - Raimundo de Oliveira Martins, Reginaldo Ferreira da Silva, Gilvan Damasceno de Oliveira e Claudinei de Paula - irão responder somente pela acusação de contrabando.

O MPF relata que esse grupo de pessoas vem agindo desde os anos de 2013 e 2014, sob a liderança de Nivando Camilo de Souza, com apreensões até então esporádicas de cargas de cigarros contrabandeados. O aprofundamento das investigações a partir de 2018, por policiais federais em conjunto com o MPF, culminou na realização da chamada Operação Império Guarani, deflagrada no último dia 12 de setembro.

Naquela ocasião, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão temporária nas cidades mineiras de Pouso Alegre, São Gonçalo do Sapucaí e Muzambinho, além de Socorro, no interior paulista.

Alta rotatividade – De acordo com a denúncia, os cigarros são adquiridos ilegalmente no Paraguai e, após internalizados clandestinamente no Brasil, são estocados pelo grupo em imóveis pertencentes aos próprios investigados, inclusive em sítios, de onde saem pequenos carregamentos para realizar as entregas. Os estoques pequenos, com alta rotatividade, permitem não só a distribuição pulverizada por vários municípios e receptadores, como também servem de mecanismo para minimizar perdas em caso de apreensões. Além disso, a sistemática acaba por despistar as autoridades, que imaginam estar diante de pequenos contrabandistas, e não de integrantes de grupo criminoso dedicado profissionalmente ao contrabando em grandes quantidades.

As investigações ainda apontaram que vínculo associativo entre os denunciados está exposto na rede de relações estabelecida entre eles, com o grupo se apoiando mutuamente no comércio clandestino de cigarros. Houve casos, por exemplo, em que os denunciados se apoiavam no transporte dos produtos ilícitos, com alguns deles atuando como “batedores” dos outros durante o percurso entre a saída e a entrega da mercadoria.

Para o MPF, o crime de associação criminosa, neste caso, tem uma configuração específica, porque, embora haja prova efetiva do vínculo associativo entre os denunciados, a associação entre eles “se formou de forma simplória, sem que se tenha engendrado uma estrutura complexa ou estruturada, com divisão de funções ou núcleos”.

Dos dez denunciados, Vagner Rosário e Ivan Cosme encontram-se presos preventivamente. Já Jovani Kawatake, o “Japonês”, encontra-se foragido.

 

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