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Minas Gerais

MPF-MG de 1º grau

Criminal
22 de Outubro de 2020 às 15h45

Em Ituiutaba (MG), MPF denuncia quatro pessoas que fabricavam e vendiam dinheiro falsificado para clientes de todo o país

Negociações eram feitas pela internet e os envelopes contendo as cédulas falsas eram postados em agências dos Correios. Foram apreendidos mais de R$ 530 mil em notas falsas

#pracegover Imagem mostra várias cédulas de reais de diversos valores.

Imagem ilustrativa: Pixabay

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou quatro pessoas – três de Ituiutaba (MG) e uma de Uberlândia (MG) - pela prática dos crimes de moeda falsa e associação criminosa (artigos 289 e 288 do Código Penal), e corrupção de menores (art. 244-B da Lei 8.069/90).

De acordo com a denúncia, no último dia 28 de setembro, a Polícia Militar de Ituiutaba recebeu denúncia de um funcionário dos Correios informando que determinado indivíduo estaria postando envelopes contendo cédulas de dinheiro, possivelmente falsas, na agência da EBC da cidade.

Os policiais deslocaram-se para o local e abordaram João Henrique da Silva, que estava com seis envelopes: dois deles continham 25 notas de R$ 20; um envelope continha 11 notas de R$ 20; o quarto envelope, 40 notas de R$ 20 e quatro notas de R$ 50; o quinto, 50 notas de RS 20 e o sexto envelope, 25 notas de R$ 20.

Cada uma das correspondências estava destinada a pessoas de diferentes lugares: Boa Esperança e Alterosa, em Minas Gerais; Armação dos Búzios (RJ); São Paulo (SP); Estância (SE) e Araucária (PR).

Questionado sobre a origem das cédulas, João Henrique confirmou aos policiais militares que o dinheiro era falsificado e que os destinatários haviam pago 25% do valor total remetido. Ele informou ainda que as negociações haviam sido feitas pela internet.

Em diligências realizadas na casa de João Henrique, os policiais encontraram, dentro de um cofre, mais dinheiro falsificado: 58 notas de R$ 100; 109 notas de R$ 50 e 352 notas de R$ 20. O acusado também forneceu aos investigadores o endereço do local onde era feita a falsificação. Lá estavam a menor C.V.S.M e o denunciado David Gonçalves da Silva.

No laboratório de falsificação, foram apreendidas 285 notas de R$ 50; 111 notas de R$ 200; 224 notas de R$ 20; 542 notas de R$ 100 e 34 notas de R$ 10. Também foram encontrados no local 1.366 folhas já impressas com notas de diferentes valores, bem como os instrumentos utilizados na falsificação.

David Gonçalves informou, então, aos policiais que havia sido contratado pelo também denunciado Igor Guilherme Santana da Silva e por uma pessoa identificada apenas como Romário. Em nova diligência, desta vez na residência de Igor, foram encontradas outras 45 notas de R$ 20; 6 notas de R$ 10 e 21 notas de R$ 50, além de seis folhas impressas com cédulas de valores diversos.

No total, foram apreendidos R$ 503.730 em cédulas falsas.

Atuação nacional - Em seguida, os investigadores dirigiram-se a Uberlândia, para realizarem buscas no endereço da pessoa chamada Romário, quando, então, descobriram tratar-se de Francismar Gonçalves de Andrade, já investigado pela Unidade Piloto de Repressão à Falsificação de moedas da Polícia Federal.

Francismar, que utilizava o codinome Romário Fakes para a prática criminosa, atua nacionalmente na venda de dinheiro falsificado. Em determinada ocasião, a PF identificou a remessa de envelopes, feita por ele, para destinatários dos estados de Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo, Sergipe e Paraná.

Associação criminosa – A denúncia descreve as relações estabelecidas entre os acusados para a prática dos crimes, inclusive envolvendo uma menor, C.V.S.M., companheira de David Gonçalves.

Conforme os depoimentos prestados à Polícia, Igor e Francismar associaram há cerca de três meses para a fabricação e comercialização de moeda falsa, contratando David, que era o “responsável por passar marca d'água e luz nas cédulas, além de imprimir telas para fazer as marcas d'água” e João Henrique, primo de Romário Fakes, que era o responsável pelas postagens dos envelopes nos Correios.

Ainda segundo os depoentes, Igor Guilherme “trabalha” há quase seis anos com a fabricação de cédulas falsas, já tendo a organização criminosa recebido pedidos de até R$ 60 mil. Toda a negociação é feita em grupos de Whatsapp e os insumos para a fabricação das cédulas também eram adquiridos por meio da internet.

Os denunciados também irão responder pelo crime de corrupção de menores, porque a companheira de David, C.V.S.M., de 16 anos de idade, ajudava na confecção das cédulas falsas.

 

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