Procurador da República em Rio Verde é finalista do VII Prêmio República
Procurador concorre com Ação Civil Pública que questiona a legalidade do Decreto 9.685/2019, que trata do registro de armas
Imagem: ANPR
A Comissão Julgadora do VII Prêmio República de Valorização do Ministério Público Federal, promovido pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), definiu, na última segunda-feira (8), a lista dos finalistas da premiação. Entre eles, concorrendo na categoria Controle Externo da Atividade Policial, está o procurador da República Jorge Medeiros, atualmente lotado no Ministério Público Federal em Rio Verde. Esta é a quarta participação de Medeiros como finalista do prêmio.
Jorge Medeiros concorre devido ao seu ajuizamento, em fevereiro último, de Ação Civil Pública que questiona a legalidade do Decreto 9.685/2019, que trata do registro de armas, e seus reflexos na atuação policial. O procurador considera que a norma flexibilizou o requisito de comprovação de efetiva necessidade para a aquisição de armas de fogo por pessoas físicas, contrariando, assim, o Estatuto do Desarmamento, Lei 10.826/2003.
Enquanto a lei previu um sistema de limitação, restrição e controle, o decreto em questão tentou estabelecer ampliação, generalidade e diminuição das ferramentas de controle, extrapolando seus limites e incorrendo, assim, em ilegalidade, razão pela qual deve ser afastada a sua aplicação, defende o procurador.
Na ação, além da suspensão dos processos de análise e concessão de novos Certificados de Registro de Armas de Fogo (Craf) até a análise do mérito da ação, Jorge Medeiros pede a declaração de ilegalidade do Decreto 9.685/2019, com a consequente proibição de a Delegacia da Polícia Federal em Jataí deferir pedidos de Crafs sem a análise prévia, específica, pessoal e individualizada do requisito legal de efetiva necessidade. Desde o dia 27 de fevereiro, a ação está conclusa para decisão, na Justiça Federal de Jataí (autos nº 1000159-46.2019.4.01.3507).
O prêmio – Nesta sétima edição, o Prêmio República manteve a missão de integrar os principais elementos da luta pela cidadania e pelos direitos humanos. Os 142 trabalhos inscritos concorreram em quatro categorias: Ministério Público, Advocacia de Direitos Coletivos, Jornalismo e Responsabilidade Social. As iniciativas foram analisadas por 17 jurados convidados pela ANPR, com base nos seguintes critérios: alcance social, criatividade, complexidade, eficiência e potencial de multiplicação. A cerimônia de premiação será no próximo dia 30 de abril, e todos os finalistas receberão Certificado de Participação.
A premiação nasceu em 2013 e reconhece atuações de destaque de membros do MPF. Há cinco anos, passou a premiar iniciativas da sociedade civil e, em 2014, foi instituído o mérito aos profissionais da imprensa brasileira. No ano passado, inovou com a criação da categoria Advocacia de Direitos Coletivos. Em seis edições, já foram distribuídos 125 troféus entre os mais de 400 inscritos.
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