5ª Edição - Barcelos
A cidade de Barcelos (distante 405 quilômetros de Manaus), instalada na margem direita do rio Negro, sediou a 5ª edição do projeto MPF na Comunidade e última do ano de 2013. Entre os dias 8 e 11 de dezembro, uma equipe de nove servidores e membros do Ministério Público Federal no Amazonas (MPF/AM) permaneceu no município para cumprir programação de reuniões, encontros informativos, visitas a comunidades ribeirinhas e indígenas, inspeções e atendimento individual aos cidadãos.
No dia da chegada, o grupo do MPF/AM visitou a comunidade do Romão, localizada na zona rural de Barcelos, a cerca de três horas de barco a partir da sede do município. No local, comunitários ribeirinhos e indígenas puderam conhecer melhor o que faz o Ministério Público Federal, como é possível ter acesso ao órgão e também tiveram a oportunidade de relatar problemas enfrentados pelas famílias em áreas como educação, saúde e atividades extrativistas.
Aproximadamente 80 pessoas participaram de encontro de apresentação do projeto MPF na Comunidade, na noite de segunda-feira (9). Os procuradores da República Jorge Medeiros, Juliana Câmara, Julio Araujo e Tatiana Dornelles conversaram com a população local sobre as atribuições da instituição e puderam esclarecer dúvidas sobre a competência do MPF em casos concretos apresentados pelos participantes do encontro.
Inspeções em diversos locais como aeroporto, porto, hospital, casa de saúde indígena e delegacia em Barcelos foram realizadas durante a permanência da equipe na cidade. O grupo do MPF também levou o projeto Turminha do MPF a estudantes da rede pública da cidade e da comunidade Piloto, na zona rural, e promoveu palestra sobre exploração sexual de crianças e adolescentes voltada para o público feminino. Ainda no município, foram expedidas três recomendações relacionadas à atividade de pesca esportiva, à educação indígena e ao atendimento em saúde indígena.
Ao longo dos quatro dias de atendimentos ao público, 151 pessoas procuraram a equipe do MPF no salão paroquial da igreja católica da cidade e foram atendidas. Reclamações sobre problemas na prestação do serviço de saúde indígena e descumprimento de acordos trabalhistas e previdenciários homologados judicialmente foram os principais assuntos relatados durante os atendimentos.